Sul da França - Férias de verão
Então. Tá na hora de parar de enrolar e voltar a contar "novidades". Entre aspas mesmo, porque as que eu vou resumir aqui foram há mais de mês pra trás.
Saí de Paris, hum. Peguei, com o Vinícius, um avião da Ryanair para Marseille. O pouso, um primor. O avião praticamente despencou no chão, deu um super tranco. Todo mundo assustou e ficou meio rindo. Trash.
Ok, ficamos na casa de um cara que eu achei super estranho. (A gente só se hospedou no estilo Couchsurfing, que eu não vou explicar porque tenho preguiça - muita - no momento). Daí passeamos pela cidade, blablablá, pegamos uma "praia" de pedras, tava ventando um bocado.. daí no outro dia trocamos de couch. Nesse dia, fomos para.. hummmmm.. comment se dit? Esqueci o nome do lugar, crap. (Pois é, tô meio desbocada hoje). Ai gente, esqueci mesmo como que o troço chama. Já cacei por aqui mas parece que não tenho anotado em lugar nenhum. Então é isso, fomos lá. Era superbonito, tinha uma trilha (argh), coisa que não me apetece muito, mas tá de boua. Na volta minhas pernas quase morreram, mas tudobem.
À noite fomos a um encontro do Couchsurfing com o nosso couch e um amigo, e foi bem legal. Fiquei conversando com uma.. ai.. chinesa! Isso.. uma chinesa, e foi bem interessante. Passamos uma friaca, que tava ventando muito, e um cara nos emprestou uma toalha de picnic, foi engraçado. Enfim.
Calanque!! Achei! Tá escrito em uma das fotos! Então, nós fomos foi num calanque. Não! A menina é de Taiwan! Coréia? Ah gente, eu não lembro mais. Que coisa.
De lá, fomos para La Seyne-sur-Mer. Nosso couch foi nos buscar de carro na estação e fez uma piada muito boa; no que a gente tava chegando ele encostou o carro e disse que a casa dele era uma no meio do mar, um casebre que parecia que ia embora com a primeira onda. Supergelei. Mas não, ele morava logo em frente. A casa dele tinha vista pro mar. Uhhh. Tem né. A casa dele não morreu. Enfim.
Nesse dia, pegamos uma prainha (inha mesmo, na frente da casa dele, um filete de praia, mas bacana). Até entrei no mar! Aeeeeeeee! Me banhei enfim em águas mediterrâneas. Quanta classe. Ah sim, antes da prainha, o nosso host nos levou a um museu de arte contemporânea que eu achei suuuuuuuperlegal, depois fomos num museu de plantas, interessantemasnemtanto, e aí então fomos à praia. Ou foi no dia seguinte? Peraê. Ok ok, foi no dia seguinte. Falha nostra. Mas enfim, na praia a gente encontrou uma velhinha supersimpática que tava mó em forma. Diz ela que nada todos os dias e que conhece zilhões (sim, precisamente zilhões) de praias no mundo. Ela é de um país aqui perto. Esqueci qual, mas ãfã.
No outro dia, Toulon. Aff. Vou resumir muito porque passei raiva demais. Nossa couch era uma fofa, seus amigos uns toscos. Bebi Pastis pela segunda vez na vida, nojo total, mas com o apoio do Vinícius conseguimos despistadamente jogar tudo na pia. Aeeeee. Daí fomos pra uma discoteca (sim, estou usando essa palavra para descrever a tosquice/baranguice do lugar) e passei muita raiva. E frio. E raiva. E tédio. Mas como tudo na vida, acabou. E o Senhor seja louvado.
No dia seguinte, no final da tarde, rumamos para Hyères. Mais precisamente, para a Presqu'ile de Hyères, Geant. Presqu'ile porque é quase quase uma ilha. Mas não é uma ilha. É uma Quas'ilha. Nosso couch era super simpático, super, e a outra menina que tava ficando na casa dele também. Chegamos, conversamos, dormimos, no dia seguinte fomos para uma ilha - agora de verdade - chamada Porquerolles. Aprendi que fazer caminhada de chinelo havaiana não é bom e adquiri as primeiras bolhas da minha vida. Sim, da minha vida. Doeram bastante. Não tava animada para andar o tanto que andamos então no fim das contas nem achei as praias tããããão bonitas assim, mas elas são sim. No fim do dia, o nosso host fez um churrasco de peixe pra gente, mó bom. Muito simpático.
Dia seguinte, Antibes. Encontramos desta vez o Flávio, irmão da Cynthia já citada por aqui. Ficamos na casa dele, conversamos, foi bem legal. Assistimos How I Met Your Mother, foi engraçado. No dia seguinte, fomos para Monaco, ali do lado. Apaixonei; quando eu for milionária eu vou morar lá. Muito bonito. Infelizmente não tivemos tempo de parar em Nice, deixamos para o dia seguinte. Poooooorém, no dia seguinte não parava de chover, daí que ficamos com preguiça de sair de casa. Sem contar que tínhamos que decidir nossa vida dali a diante. Combinei com o João e voilà.
No dia seguinte, nos encontramos em Lyon, para passar o fim de semana antes que eu voltasse à terra da Bratwurst. Que amor de cidade!!!!!! Gente, que legal, sempre com coisas interessantes pra ver! Superadorei! Pra começar, encontramos uma loja de publicidade, que tem anúncios de tudo que podemos nos lembrar, vários posteres e tal. Muito bacana. Em seguida, entramos em um museu de miniaturas, que tinha uma exposição com instalações do filme Perfume. Bemmm bacana. Daí fomos andando pela cidade, almoçamos, blablablá, daí chegamos em uma praça onde um cara tava ensinando o povo a dançar, e só tinha músicas brasileiras! Isso porque tava rolando um festival de dança por lá, ou algo do tipo. Daí que foi muito engraçado ver o povo dançando, e tinha uma moça de vermelho (?) que tava levando muito a sério, se jogando mesmo, mas que era muito desengonçada. Muito bom. Daí veio o hit de sucesso: Acererrê! Rá! Errê! Gente, todo mundo sabia dançar a tal música do Rouge. Que meda. Enfim, andamos mais, tals, comemos um crêpe de chocolate mó bom e voltamos ao hostel.
No dia seguinte, fomos a um teatro gallo-romano e lá encontramos com a Greta, que também tá estudando em Grenoble, e o namorado dela, que mora em Lyon. De lá, almoçamos e fomos ao museu dos irmãos Lumière, tipo, uma bosta. kkkkk E o guia foi supergrosso com a gente, mas enfim. João deu um egípcio nele. :D
Daí que depois disso eles nos deixaram no albergue, que tanto João quanto Greta iam voltar pra Grenoble no mesmo dia. Daí, fiquei esperando com o João num shopping do lado da Gare, tive raiva do cara da pizzaria que não nos deixou sentar, aff. Na Alemanha essas coisas não acontecem. Ponto pra nós. Daí, o João foi embora e eu voltei pro albergue. Dormi, tals, conversei com um povo gente boa no café da manhã, acharam novamente que eu era francesa (eu achei que isso só acontecia na Alemanha), saí meio em cima da hora, peguei metrô lotado, fui prensada na porta e doeu. Enfim, cheguei na Gare e o trem já tinha chegado, andei mil vagões perguntando onde era a segunda classe em francês sem saber falar isso em francês, mas encontrei pessoas bem simpáticas. Por fim, cheguei no meu lugar, blablablá. Foi bacana.
Na volta pra casa, chegando em Weimar, não tinha mais ônibus, daí voltei apé pra casa. Tava morta de cansaço e absolutamente morta de fome, daí fiz um pit stop no Burguer King antes de seguir viagem. Teve bão.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Paris
Bom. Cá estou, um mês depois da viagem, para contar-lhes como foi. Hm.
Quase (quase) não acordei a tempo, mas consegui pegar o trem junto ao João. Da nossa viagem de trem, vale contar: ao esperarmos pela conexão, sabíamos ter que entrar no vagão 16. E como é sempre um stress entrar em trens grandes, porque dependendo do seu vagão, vc não consegue chegar ao seu assento por dentro do trem (ah, difícil de explicar), estávamos superatentos. Foi quando um trem veio chegando, levantamos correndo, vimos o vagão 16 (!) e fomos correndo atrás dele - "16! É o vagão 16!".. alguns (vários) segundos depois, percebemos que aquele não era o nosso trem, que ele não ia parar na estação, e que todos os outros passageiros nem se moveram com o aproximar do trem. Lerdeza. Mas foi muito engraçado; ridículo.
Chegamos em Paris, mais um ligeiro stress para chegar no nosso hostel em Montmartre, mas no fim deu tudo certo - muito certo, aliás. Nós, que dividiríamos um quarto com outras 4 pessoas, conseguimos ficar em um quarto só pra nós 2, com chuveiro (que geralmente em albergue a gente tem que usar aqueles chuveiros coletivos), e o melhor: pagando menos! Foi tipo, muito bom.
Detalhe que Montmartre é famoso por suas longas escadarias. Deu pra trabalhar a panturrilha. ;)
No primeiro dia, fomos ao Hôtel de Ville encontrar com a Letícia e o Igor. De lá, seguimos para o Pompidou, onde passamos a tarde. Lá, encontramos o Vinícius também. O museu é tipo. Ok. Eu esperava mais, bem mais. De lá, o que fomos fazer? Eu esqueci.. Ah, sim! (tô seguindo as fotos pra me lembrar). Eu tinha combinado de encontrar a Sophie (lembram dela? Minha Mitbewohnerin parisiense?), daí João, Vinícius e eu nos separamos dos meninos pra dar uma volta, comer, e depois encontrar a Sophie embaixo da torre. Daí ficamos comendo ali na parte de fora do Louvre e então fomos andando até a torre - que vou te contar, fica longe viu. Eita.
Encontramos a Sophie e um amigo alemão dela que estuda aqui em Weimar também - esqueci o nome dele, mas acabamos decidindo (João e eu) voltar pro hostel ao invés de sair, que já estava tarde, estávamos cansados e queríamos acordar cedo no dia seguinte, para ir ao Louvre assim que ele abrisse - era o 1o domingo do mês, dia em que os museus são de graça.
Assim fizemos. No dia seguinte, bem cedo, fomos ao Louvre e, pra nossa surpresa, conseguimos entrar bem mais rápido do que imaginávamos. Conselho: quem estiver em Paris numa situação assim, de 1o domingo do mês, vá ao Louvre por volta de 8h30 da manhã (ele abre às 9h); assim dá pra ver as coisas com calma e o museu não fica tão cheio. Quando vai dando a hora do almoço e um pouco mais tarde do que isso, fica insuportável. Gente demais.
Ah, um detalhe, fizemos uma sessão de vídeos muito boa dentro do museu kkk, uma espécie de Super Saldão das Casas Bahia; tá tudo com o João, assim que der, disponibilizo pra vcs. (Vai demorar).
Saímos de lá, fui com o João a Notre Dame. Ah, e lá dentro, a gente assistiu ao começo de uma missa - é interessante, tinha super cantores e tal. Mas não ficamos mais que 15 minutos. Em seguida, passamos - acidentalmente - pelo Quartier Latin, que, por sinal, é suuuuuperlegal. No caminho, nos deparamos com a livraria de Antes do Pôr do Sol (com ou sem acento?) e com um teatro que está encenando a peça La Cantatrice Chauve - o Massin fez como que um roteiro gráfico (sei lá como isso se chama) da peça, sen-sa-cio-nal.
Decidimos então ir ao Moulin Rouge, que é assustadoramente menor do que eu esperava, daí subindo a rua encontramos o café da Amelie Poulain - claro, entramos lá e tomamos um chocolate quente. Não tinha maneira melhor de comemorar nossos 1 ano e 7 meses. :D Enfim, subindo ainda mais a rua, encontramos aquela vendinha de frutas, tal, também do filme da Amelie. Com a intenção de voltar pra casa e muito péssimo senso de direção, chegamos acidentalmente ao Sacré-Coeur. Foi superbacana, estava tendo umas apresentações musicais na escadaria e lá de cima dava pra ver a cidade toda. Apesar do frio e da gripe (tava morrendo de passar mal), foi bem bacana. Mas estava tarde, a igreja estava fechada, então decidimos voltar lá no dia seguinte. E assim foi.
Encontramos a Letícia no Sacré-Coeur por volta da hora do almoço, visitamos a igreja - João subiu para a cúpula mas nem Letícia nem eu animamos. Almoçamos ali por perto, em um restaurante com garçons muito simpáticos - "Brasil?? Obrigado! Obrigado!" e um pianista assassino de teclas, clima muito divertido. Pedi a pior sopa de cebolas do mundo, depois comi algo que não me lembro o que era, mas estava muito bom, e um sorvete. Daí, prosseguimos.
Não me lembro muito bem como aconteceu, mas nos separamos da Letícia (acho que ela estava prestes a ir embora e queria ainda visitar algo que não nos interessava, ou já tínhamos visto), então fomos ao Arco do Triunfo e, depois, demos uma volta na(s?) Champs-Elysées. Daí, quê que a gente fez, mesmo? Hmm. Ah, sim, ficamos sentados num parque durante algum tempo, depois decidimos ir à La Defénse, um lugar super diferente do resto da cidade, muito bacana. Ficamos fazendo uma hora, daí pensamos em ir ao cinema, desistimos, depois entramos numa farmácia e compramos remédio pra mim. Hm, isso merece um comentário. Pus o tal comprimidão na boca até descobrir que ele era efervescente; o gosto era muito forte então tava foda de agüentar sem diluir. Mas eu só tinha minha garrafa d'água e não ia desperdiçar ela toda com o remédio. Aí, eu fui bebendo água de pouco em pouco, mas era engraçado, porque com a água na boca fazia tanta espuma que minhas bochechas iam inflando rápido, muito bizarro. Mas o remédio era superbom.
Por final, já de noite, fomos à torre. Decidimos subir, último andar. Supercaro mas poxa, é Paris né. E é a Torre Eiffel. Subimos, AFF. Foi muito irritante. Um milhão de filas até chegar lá em cima, um milhão de pessoas lá em cima e dez milhões de filas para sair lá de cima. Muito irritante. Tipo, é bem bonito lá de cima, mas a dificuldade de se locomover é tanta que não vale a pena. Mas valeu a tentativa.
Dia seguinte, resolvemos ir à Cité des Sciénces et de l'Industrie. Foi tipo, ultra caro, mas valeu cada centavo. Absolutamente interessante. Primeiro, fomos num planetário digital que explicava a corrida espacial, depois entramos numa exposição tão foda que deixava pedras - sim, pedras - interessantes. Até pude encostar num meteorito enorme! Gente, ele vem de fora da Terra!! kkkk. Enfim. Daí entramos num cinema 3D que falava sobre gigantes marinhos pré-históricos. Meio vertiginoso, mas bacana. Depois vimos mais um filme ridículo em 3D - Maxi.. Macro.. como era? Ativar? Me ajuda aí, João. Daí ficamos horas nas exposições permanentes; passamos por todas. Tem muita, muita coisa interessante lá.
Daí, fomos comer rapidinho pra dar tempo do João pegar o trem dele. Aí, começou o stress. Não tô afim de ficar lembrando de coisa ruim, então resumo: corremos horrores, mas conseguimos chegar a tempo de pegar o trem. Mas foi horrível. Enfim.
Conheci um dos caras mais carismáticos que já me deparei em minha vida, um irlandês que não me lembro mais o nome. Isso, porque ele tava no meu quarto no hostel (como o João foi embora, passei minha última noite num quarto com mais 5 pessoas). No dia seguinte, peguei minhas coisas e fui pra casa do amigo da Elisa, onde ela e Vinícius estavam. Por uma coincidência cabulosa, o colega de quarto do amigo da Elisa, Xan (não sei escrever; Alexandre) foi colega da Carol (daqui de Weimar) no CEFET lá em BH! Mundo pequeno. Assustadoramente. Almoçamos um macarrão delicioso e fui com o Vinícius ver a torre de dia. Por pouco não nos atrasamos muito, mas conseguimos chegar no aeroporto a tempo de pegar o avião para Marseille. E que avião. Nunca vi uma aterrissagem mais brusca na minha vida.
Mas daí pra frente eu conto num outro dia. :)
Beijos em todos, liebe Grüße.
Und gute Nacht.
Quase (quase) não acordei a tempo, mas consegui pegar o trem junto ao João. Da nossa viagem de trem, vale contar: ao esperarmos pela conexão, sabíamos ter que entrar no vagão 16. E como é sempre um stress entrar em trens grandes, porque dependendo do seu vagão, vc não consegue chegar ao seu assento por dentro do trem (ah, difícil de explicar), estávamos superatentos. Foi quando um trem veio chegando, levantamos correndo, vimos o vagão 16 (!) e fomos correndo atrás dele - "16! É o vagão 16!".. alguns (vários) segundos depois, percebemos que aquele não era o nosso trem, que ele não ia parar na estação, e que todos os outros passageiros nem se moveram com o aproximar do trem. Lerdeza. Mas foi muito engraçado; ridículo.
Chegamos em Paris, mais um ligeiro stress para chegar no nosso hostel em Montmartre, mas no fim deu tudo certo - muito certo, aliás. Nós, que dividiríamos um quarto com outras 4 pessoas, conseguimos ficar em um quarto só pra nós 2, com chuveiro (que geralmente em albergue a gente tem que usar aqueles chuveiros coletivos), e o melhor: pagando menos! Foi tipo, muito bom.
Detalhe que Montmartre é famoso por suas longas escadarias. Deu pra trabalhar a panturrilha. ;)
No primeiro dia, fomos ao Hôtel de Ville encontrar com a Letícia e o Igor. De lá, seguimos para o Pompidou, onde passamos a tarde. Lá, encontramos o Vinícius também. O museu é tipo. Ok. Eu esperava mais, bem mais. De lá, o que fomos fazer? Eu esqueci.. Ah, sim! (tô seguindo as fotos pra me lembrar). Eu tinha combinado de encontrar a Sophie (lembram dela? Minha Mitbewohnerin parisiense?), daí João, Vinícius e eu nos separamos dos meninos pra dar uma volta, comer, e depois encontrar a Sophie embaixo da torre. Daí ficamos comendo ali na parte de fora do Louvre e então fomos andando até a torre - que vou te contar, fica longe viu. Eita.
Encontramos a Sophie e um amigo alemão dela que estuda aqui em Weimar também - esqueci o nome dele, mas acabamos decidindo (João e eu) voltar pro hostel ao invés de sair, que já estava tarde, estávamos cansados e queríamos acordar cedo no dia seguinte, para ir ao Louvre assim que ele abrisse - era o 1o domingo do mês, dia em que os museus são de graça.
Assim fizemos. No dia seguinte, bem cedo, fomos ao Louvre e, pra nossa surpresa, conseguimos entrar bem mais rápido do que imaginávamos. Conselho: quem estiver em Paris numa situação assim, de 1o domingo do mês, vá ao Louvre por volta de 8h30 da manhã (ele abre às 9h); assim dá pra ver as coisas com calma e o museu não fica tão cheio. Quando vai dando a hora do almoço e um pouco mais tarde do que isso, fica insuportável. Gente demais.
Ah, um detalhe, fizemos uma sessão de vídeos muito boa dentro do museu kkk, uma espécie de Super Saldão das Casas Bahia; tá tudo com o João, assim que der, disponibilizo pra vcs. (Vai demorar).
Saímos de lá, fui com o João a Notre Dame. Ah, e lá dentro, a gente assistiu ao começo de uma missa - é interessante, tinha super cantores e tal. Mas não ficamos mais que 15 minutos. Em seguida, passamos - acidentalmente - pelo Quartier Latin, que, por sinal, é suuuuuperlegal. No caminho, nos deparamos com a livraria de Antes do Pôr do Sol (com ou sem acento?) e com um teatro que está encenando a peça La Cantatrice Chauve - o Massin fez como que um roteiro gráfico (sei lá como isso se chama) da peça, sen-sa-cio-nal.
Decidimos então ir ao Moulin Rouge, que é assustadoramente menor do que eu esperava, daí subindo a rua encontramos o café da Amelie Poulain - claro, entramos lá e tomamos um chocolate quente. Não tinha maneira melhor de comemorar nossos 1 ano e 7 meses. :D Enfim, subindo ainda mais a rua, encontramos aquela vendinha de frutas, tal, também do filme da Amelie. Com a intenção de voltar pra casa e muito péssimo senso de direção, chegamos acidentalmente ao Sacré-Coeur. Foi superbacana, estava tendo umas apresentações musicais na escadaria e lá de cima dava pra ver a cidade toda. Apesar do frio e da gripe (tava morrendo de passar mal), foi bem bacana. Mas estava tarde, a igreja estava fechada, então decidimos voltar lá no dia seguinte. E assim foi.
Encontramos a Letícia no Sacré-Coeur por volta da hora do almoço, visitamos a igreja - João subiu para a cúpula mas nem Letícia nem eu animamos. Almoçamos ali por perto, em um restaurante com garçons muito simpáticos - "Brasil?? Obrigado! Obrigado!" e um pianista assassino de teclas, clima muito divertido. Pedi a pior sopa de cebolas do mundo, depois comi algo que não me lembro o que era, mas estava muito bom, e um sorvete. Daí, prosseguimos.
Não me lembro muito bem como aconteceu, mas nos separamos da Letícia (acho que ela estava prestes a ir embora e queria ainda visitar algo que não nos interessava, ou já tínhamos visto), então fomos ao Arco do Triunfo e, depois, demos uma volta na(s?) Champs-Elysées. Daí, quê que a gente fez, mesmo? Hmm. Ah, sim, ficamos sentados num parque durante algum tempo, depois decidimos ir à La Defénse, um lugar super diferente do resto da cidade, muito bacana. Ficamos fazendo uma hora, daí pensamos em ir ao cinema, desistimos, depois entramos numa farmácia e compramos remédio pra mim. Hm, isso merece um comentário. Pus o tal comprimidão na boca até descobrir que ele era efervescente; o gosto era muito forte então tava foda de agüentar sem diluir. Mas eu só tinha minha garrafa d'água e não ia desperdiçar ela toda com o remédio. Aí, eu fui bebendo água de pouco em pouco, mas era engraçado, porque com a água na boca fazia tanta espuma que minhas bochechas iam inflando rápido, muito bizarro. Mas o remédio era superbom.
Por final, já de noite, fomos à torre. Decidimos subir, último andar. Supercaro mas poxa, é Paris né. E é a Torre Eiffel. Subimos, AFF. Foi muito irritante. Um milhão de filas até chegar lá em cima, um milhão de pessoas lá em cima e dez milhões de filas para sair lá de cima. Muito irritante. Tipo, é bem bonito lá de cima, mas a dificuldade de se locomover é tanta que não vale a pena. Mas valeu a tentativa.
Dia seguinte, resolvemos ir à Cité des Sciénces et de l'Industrie. Foi tipo, ultra caro, mas valeu cada centavo. Absolutamente interessante. Primeiro, fomos num planetário digital que explicava a corrida espacial, depois entramos numa exposição tão foda que deixava pedras - sim, pedras - interessantes. Até pude encostar num meteorito enorme! Gente, ele vem de fora da Terra!! kkkk. Enfim. Daí entramos num cinema 3D que falava sobre gigantes marinhos pré-históricos. Meio vertiginoso, mas bacana. Depois vimos mais um filme ridículo em 3D - Maxi.. Macro.. como era? Ativar? Me ajuda aí, João. Daí ficamos horas nas exposições permanentes; passamos por todas. Tem muita, muita coisa interessante lá.
Daí, fomos comer rapidinho pra dar tempo do João pegar o trem dele. Aí, começou o stress. Não tô afim de ficar lembrando de coisa ruim, então resumo: corremos horrores, mas conseguimos chegar a tempo de pegar o trem. Mas foi horrível. Enfim.
Conheci um dos caras mais carismáticos que já me deparei em minha vida, um irlandês que não me lembro mais o nome. Isso, porque ele tava no meu quarto no hostel (como o João foi embora, passei minha última noite num quarto com mais 5 pessoas). No dia seguinte, peguei minhas coisas e fui pra casa do amigo da Elisa, onde ela e Vinícius estavam. Por uma coincidência cabulosa, o colega de quarto do amigo da Elisa, Xan (não sei escrever; Alexandre) foi colega da Carol (daqui de Weimar) no CEFET lá em BH! Mundo pequeno. Assustadoramente. Almoçamos um macarrão delicioso e fui com o Vinícius ver a torre de dia. Por pouco não nos atrasamos muito, mas conseguimos chegar no aeroporto a tempo de pegar o avião para Marseille. E que avião. Nunca vi uma aterrissagem mais brusca na minha vida.
Mas daí pra frente eu conto num outro dia. :)
Beijos em todos, liebe Grüße.
Und gute Nacht.
Mut!
Coragem!
Coragem, Renata! Pra escrever sobre suas férias todas! Ai..
Acho que vou dar uma resumidona..
Coragem, Renata! Pra escrever sobre suas férias todas! Ai..
Acho que vou dar uma resumidona..
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Genève
Falarei hoje sobre minha breve viagem à Suíça - Genebra.
Pela primeira vez na minha vida, viajei sozinha. Digo, viajei sozinha para uma cidade em que eu não conhecia ninguém. Vale ressaltar, uma cidade onde se fala a língua francesa, a qual eu ainda não falo.
Cheguei lá, de cara tive contato com a maravilhosa simpatia suíça. Pessoas extremamente mal educadas, grossas, me tiraram do sério. Depois de rodar um tempão na estação, tentando encontrar alguém que pudesse me dar informações sobre como chegar no albergue, encontrei uma família falando português e nem hesitei: "vcs falam português!", foi tudo o que eu consegui dizer. Solícitos, como só os brasileiros são, me deram mil explicações e até um mapa. No final, vieram perguntar daonde eu era; falei que de Belo Horizonte - e não é que eles acharam que eu era de outro país? Disseram que meu sotaque tava diferente.. será? Logo eu, que ando falando português todos os dias? Hmm. Vai ver eu falo estranho normalmente mesmo. :p kkk
Enfim, peguei o tal train 15 (o 13 tb funcionaria), cheguei no hostel umas 9h30 da manhã. Daí me disseram que o check-in era só a partir das 14h. Felizmente eu poderia deixar minhas coisas num locker. Saí, andei, andei, andei. Andei. Andei mais um pouco, entrei numa loja (adivinhem? H&M, claro. Sou uma consumidora fiel.), andei, andei e andei. Peguei informações sobre museus, andei, encontrei finalmente um Deutsche Bank, peguei informações, troquei meu dinheiro (para os desinformados: a Suíça não usa euros, mas francos). Andei, andei. Em uma dessas andanças, uma mulher estava falando freneticamente do meu lado, en français. Percebi que ela comentava coisas inflamadamente comigo. Respondi um "pardon, mais je ne comprends pas, je ne parle pas français", e ela respondeu, ainda mais inflamada: "this is a french speaking country. How come nobody here speaks french??" e ficou esperando uma resposta minha. Eu zuckte mit den Achseln; dei de ombros, e ela me mandou um "au revoir" e foi-se embora. Caso eu tivesse mais presença de espírito, teria respondido "ich kann doch Deutsch sprechen. Das ist auch ein deutschsprachiges Land.", assim, em alemão. Um dia ainda serei mais espirituosa. Me aguardem.
(SAP: desculpe, mas não entendi, eu não falo francês -- este é um país de língua francesa. Como é que ninguém aqui fala francês?? -- tchau -- eu falo alemão. Este é também um país de língua alemã.)
Andei. Andei, andei. Olhei as horas; já dava pra eu tentar ligar pro João (avisando que eu estava viva e com saúde, coisas assim né). Testei o cartão de telefone que ele me deu; não funcionava lá. Daí que rodei a cidade inteira atrás de alguém que 1) me entendesse e 2) tivesse um cartão pra me vender. Com muito custo, achei o tal cartão. Liguei pra Anna, pra pedir que avisasse o João da permanência da minha vida/saúde, mas o telefone estava desligado. Oras, às terças-feiras ela tem aula à tarde. Eu sabia disso. Mas naquela hora, já era.
Resolvi comer alguma coisa antes de ir pro hostel. Parei em um - tchananan, vamos ver quem adivinha????? - mcDonalds, ou mcDô, como os franceses chamam. Pedi um exótico Bigmac (isso foi irônico) e me sentei num daqueles banquinhos para comer - tava lotado. Comi, com o maior custo (nunca consigo comer uma promoção inteira), e quando já estava desistindo das batatinhas, uma menina que estava a meu lado puxou conversa. Ela só falou francês, mas deu pra eu entender que ela tinha comprado um sorvete (mcFlurry), mas que a) não agüentava ou b) não tinha tempo de comer, e perguntou se eu gostava, se queria. Por que não? Aceitei. Momento de pura emoção, adrenalina a mil. Afinal, eu estava aceitando um doce de um estranho. A educação que recebi minha vida inteira me direcionava a evitar tal tipo de situação. Mas nessa vida, é necessário discernimento para.. aff, cansei de fazer drama. :) Enfim, aceitei, quando ela foi embora dei uma olhada se ela já tinha começado a comer ou se tinha algo de estranho, e nada. Tava um calorão. Tomei o tal sorvete. E tava bom! M&M's.
Fui ao hostel; entrando no quarto dei de cara com uma menina seminua, que se desculpou por tal. Lauren, australiana. Bastante simpática. Logo em seguida, conheci um brasileiro, Bruno, com quem acabei passando o resto do dia. Fomos andar pela cidade e conhecer a parte histórica, tals. Foi bacana, ele é super simpático e tem uns pontos de vida interessantes; tivemos conversas bem proveitosas, creio. Infelizmete eu perdi o email dele; não consigo encontrá-lo no orkut nem no facebook.. :/ Enfim. Rodamos um tempasso, cheguei no albergue semi-morta. Dormi, tals.
Na manhã do dia seguinte, fomos visitar a ONU. Antes de chegar lá, passamos no museu da cruz vermelha, onde não entramos porque estava um bocado caro. Mas o lado de fora já foi bem bacana. Tinha umas esculturas muito bad vibe, geniais, eu achei.
Na ONU, tivemos uma visita guiada, interessante mas sei lá. Eu sou desconfiada. Não acredito muito na bondade infinita dessa organização. (Alguém acredita?) Ok, tô sendo malvada, é bacana o trabalho deles e tal. Mas assim.. sei lá.
De lá, comemos, compramos minha passagem na gare (decidi voltar pra Grenoble ao invés de seguir viagem - a relação custo/benefício não era muito proveitosa) e voltamos pro hostel. À noite, combinei de sair com o Bruno, pra fazer qualquer coisa e despedir da cidade. Chegando no quarto, encontrei a australiana conversando com uma moça em.. espanhol..! Achei aquilo curioso; jamais pensei que ela falasse espanhol, sobretudo tão fluentemente. Descobri que a moça, Cláudia, era paraguaia de Assunción (isso lembra alguém??) e que a Lauren morou um ano no México. Ficamos conversando, eu enrolando um espanhol muito mentiroso (não dá nem pra chamar de portunhol; era pior do que isso), mas me fiz entender, então tá valendo. Logo depois, chegou outra menina, italiana, Maura. Daí o Bruno apareceu chamando pra sair, combinamos de ir dali a meia hora, e as meninas animaram de nos acompanhar (menos a Cláudia). Daí, apareceu um amigo alemão da Lauren, Christian, e depois chegou uma mulher que entrou no quarto falando "tem brasileiro aqui?" ! - é uma sensação sempre muito boa, encontrar outro brasileiro. O nome dela era diferente, como era? Hmm.. era o nome de uma flor, eu acho. Enfim.
Saímos, então, Bruno, Lauren, Maura, Christian e eu. Andamos um bocado atrás de uma pizzaria com um preço bacana, mas acabamos parando num Kebap. Claro. Acabei descobrindo que em uma certa região da itália, as pessoas não falam Coca-Cola, mas Rorra-Rola. kkkkkkk Achei isso divertidíssimo. Comemos lá, tals, conversamos e decidimos atravessar a rua para tomar um sorvete, artesanal. O lugar se chamava Love Me Do, suuper simpático, charmosinho. O sorvete (de chocolate, claro), uma delííííííícia. Enfim, voltamos pro hostel.
Na manhã seguinte reencontrei todos no café de manhã e, enfim, segui viagem de volta pra Grenoble.
E amanhã cedinho (6h22) pego, com o João, o trem pra Paris! Uh la la! Parrrrrrrrrrrrííííííííííííí! Onde os franceses não dizem bonjour, mas bonjouRRRR. Muito glamour.
Mas sentirei falta de Grenoble. Da cidade, das pessoas, da micro rotina que eu criei aqui. Sobretudo das pessoas. E da rotina. E da cidade. Enfim. (João é hors-concours)
Me desejem boa viagem. :)
Beijos em todos, liebe Grüße,
bonsoir.
Pela primeira vez na minha vida, viajei sozinha. Digo, viajei sozinha para uma cidade em que eu não conhecia ninguém. Vale ressaltar, uma cidade onde se fala a língua francesa, a qual eu ainda não falo.
Cheguei lá, de cara tive contato com a maravilhosa simpatia suíça. Pessoas extremamente mal educadas, grossas, me tiraram do sério. Depois de rodar um tempão na estação, tentando encontrar alguém que pudesse me dar informações sobre como chegar no albergue, encontrei uma família falando português e nem hesitei: "vcs falam português!", foi tudo o que eu consegui dizer. Solícitos, como só os brasileiros são, me deram mil explicações e até um mapa. No final, vieram perguntar daonde eu era; falei que de Belo Horizonte - e não é que eles acharam que eu era de outro país? Disseram que meu sotaque tava diferente.. será? Logo eu, que ando falando português todos os dias? Hmm. Vai ver eu falo estranho normalmente mesmo. :p kkk
Enfim, peguei o tal train 15 (o 13 tb funcionaria), cheguei no hostel umas 9h30 da manhã. Daí me disseram que o check-in era só a partir das 14h. Felizmente eu poderia deixar minhas coisas num locker. Saí, andei, andei, andei. Andei. Andei mais um pouco, entrei numa loja (adivinhem? H&M, claro. Sou uma consumidora fiel.), andei, andei e andei. Peguei informações sobre museus, andei, encontrei finalmente um Deutsche Bank, peguei informações, troquei meu dinheiro (para os desinformados: a Suíça não usa euros, mas francos). Andei, andei. Em uma dessas andanças, uma mulher estava falando freneticamente do meu lado, en français. Percebi que ela comentava coisas inflamadamente comigo. Respondi um "pardon, mais je ne comprends pas, je ne parle pas français", e ela respondeu, ainda mais inflamada: "this is a french speaking country. How come nobody here speaks french??" e ficou esperando uma resposta minha. Eu zuckte mit den Achseln; dei de ombros, e ela me mandou um "au revoir" e foi-se embora. Caso eu tivesse mais presença de espírito, teria respondido "ich kann doch Deutsch sprechen. Das ist auch ein deutschsprachiges Land.", assim, em alemão. Um dia ainda serei mais espirituosa. Me aguardem.
(SAP: desculpe, mas não entendi, eu não falo francês -- este é um país de língua francesa. Como é que ninguém aqui fala francês?? -- tchau -- eu falo alemão. Este é também um país de língua alemã.)
Andei. Andei, andei. Olhei as horas; já dava pra eu tentar ligar pro João (avisando que eu estava viva e com saúde, coisas assim né). Testei o cartão de telefone que ele me deu; não funcionava lá. Daí que rodei a cidade inteira atrás de alguém que 1) me entendesse e 2) tivesse um cartão pra me vender. Com muito custo, achei o tal cartão. Liguei pra Anna, pra pedir que avisasse o João da permanência da minha vida/saúde, mas o telefone estava desligado. Oras, às terças-feiras ela tem aula à tarde. Eu sabia disso. Mas naquela hora, já era.
Resolvi comer alguma coisa antes de ir pro hostel. Parei em um - tchananan, vamos ver quem adivinha????? - mcDonalds, ou mcDô, como os franceses chamam. Pedi um exótico Bigmac (isso foi irônico) e me sentei num daqueles banquinhos para comer - tava lotado. Comi, com o maior custo (nunca consigo comer uma promoção inteira), e quando já estava desistindo das batatinhas, uma menina que estava a meu lado puxou conversa. Ela só falou francês, mas deu pra eu entender que ela tinha comprado um sorvete (mcFlurry), mas que a) não agüentava ou b) não tinha tempo de comer, e perguntou se eu gostava, se queria. Por que não? Aceitei. Momento de pura emoção, adrenalina a mil. Afinal, eu estava aceitando um doce de um estranho. A educação que recebi minha vida inteira me direcionava a evitar tal tipo de situação. Mas nessa vida, é necessário discernimento para.. aff, cansei de fazer drama. :) Enfim, aceitei, quando ela foi embora dei uma olhada se ela já tinha começado a comer ou se tinha algo de estranho, e nada. Tava um calorão. Tomei o tal sorvete. E tava bom! M&M's.
Fui ao hostel; entrando no quarto dei de cara com uma menina seminua, que se desculpou por tal. Lauren, australiana. Bastante simpática. Logo em seguida, conheci um brasileiro, Bruno, com quem acabei passando o resto do dia. Fomos andar pela cidade e conhecer a parte histórica, tals. Foi bacana, ele é super simpático e tem uns pontos de vida interessantes; tivemos conversas bem proveitosas, creio. Infelizmete eu perdi o email dele; não consigo encontrá-lo no orkut nem no facebook.. :/ Enfim. Rodamos um tempasso, cheguei no albergue semi-morta. Dormi, tals.
Na manhã do dia seguinte, fomos visitar a ONU. Antes de chegar lá, passamos no museu da cruz vermelha, onde não entramos porque estava um bocado caro. Mas o lado de fora já foi bem bacana. Tinha umas esculturas muito bad vibe, geniais, eu achei.
Na ONU, tivemos uma visita guiada, interessante mas sei lá. Eu sou desconfiada. Não acredito muito na bondade infinita dessa organização. (Alguém acredita?) Ok, tô sendo malvada, é bacana o trabalho deles e tal. Mas assim.. sei lá.
De lá, comemos, compramos minha passagem na gare (decidi voltar pra Grenoble ao invés de seguir viagem - a relação custo/benefício não era muito proveitosa) e voltamos pro hostel. À noite, combinei de sair com o Bruno, pra fazer qualquer coisa e despedir da cidade. Chegando no quarto, encontrei a australiana conversando com uma moça em.. espanhol..! Achei aquilo curioso; jamais pensei que ela falasse espanhol, sobretudo tão fluentemente. Descobri que a moça, Cláudia, era paraguaia de Assunción (isso lembra alguém??) e que a Lauren morou um ano no México. Ficamos conversando, eu enrolando um espanhol muito mentiroso (não dá nem pra chamar de portunhol; era pior do que isso), mas me fiz entender, então tá valendo. Logo depois, chegou outra menina, italiana, Maura. Daí o Bruno apareceu chamando pra sair, combinamos de ir dali a meia hora, e as meninas animaram de nos acompanhar (menos a Cláudia). Daí, apareceu um amigo alemão da Lauren, Christian, e depois chegou uma mulher que entrou no quarto falando "tem brasileiro aqui?" ! - é uma sensação sempre muito boa, encontrar outro brasileiro. O nome dela era diferente, como era? Hmm.. era o nome de uma flor, eu acho. Enfim.
Saímos, então, Bruno, Lauren, Maura, Christian e eu. Andamos um bocado atrás de uma pizzaria com um preço bacana, mas acabamos parando num Kebap. Claro. Acabei descobrindo que em uma certa região da itália, as pessoas não falam Coca-Cola, mas Rorra-Rola. kkkkkkk Achei isso divertidíssimo. Comemos lá, tals, conversamos e decidimos atravessar a rua para tomar um sorvete, artesanal. O lugar se chamava Love Me Do, suuper simpático, charmosinho. O sorvete (de chocolate, claro), uma delííííííícia. Enfim, voltamos pro hostel.
Na manhã seguinte reencontrei todos no café de manhã e, enfim, segui viagem de volta pra Grenoble.
E amanhã cedinho (6h22) pego, com o João, o trem pra Paris! Uh la la! Parrrrrrrrrrrrííííííííííííí! Onde os franceses não dizem bonjour, mas bonjouRRRR. Muito glamour.
Mas sentirei falta de Grenoble. Da cidade, das pessoas, da micro rotina que eu criei aqui. Sobretudo das pessoas. E da rotina. E da cidade. Enfim. (João é hors-concours)
Me desejem boa viagem. :)
Beijos em todos, liebe Grüße,
bonsoir.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Grenoble
Então
Pra variar, to começando meu texto com então..
Estou no momento em Grenoble, na universidade Stendhal, esperando o João assistir o começo da aula dele. Uhum. O problema é que a internet não esta funcionando! aaaaaaaa! Que ódio, que raiva, eu tinha tanta coisa a resolver! Agora to aqui nesse tempo morto.. enfim, já que estou à toa mesmo, resolvi finalmente escrever um novo post.
Shit shit shit, não adianta eu trocar de lugar, eu nao consigo conectar. Shit.
Enfim, vamos lá então. Primeiro vou tentar passar as fotos pra esse computador; será que eu consigo? hmmm. Tralalala.. (vcs viram; estou lhes incluindo na minha monotonia)
Pronto, as fotos estão devidamente salvas nesse macabu. Agora vamos contar.
Segunda-feira passada, há exatamente uma semana, deixei, finalmente, Weimar e Alemanha para trás, para me aventurar pela terra dos croissants. Logo pela manhã, me despedi do Vinícius e 7h04 peguei um trem com destino a Frankfurt. O trajeto seria: Weimar-Frankfurt-Basel-Genève-Grenoble; tudo de trem. Estava indo tudo bem, com exceção pelos enjoos, fomes e similares, mas tudo sob controle. Até que desci em Basel.
Desci em Basel. De acordo com meu papel da Hauptbahnhof, deveria pegar o proximo trem na plataforma 12. Porem, ao que tudo indicava, a estacao so tinha 11 plataformas..!! E reparando bem, eu havia chegado cerca de 10 minutos mais cedo, o que nao faz sentido, porque esses trens sao muito pontuais. Desci para olhar o papel da estacao, informando os horarios de todos os trens da semana, quando vi que haviam trens saindo de la para tchanananan ! Basel !!!!! Basel SB, algo assim – igualzinho ao que constava no meu papel, como estacao em que eu deveria ter descido. Desesperada, perguntei prum cara que estava do meu lado, se eu estava no lugar errado, ele disse que sim, que eu deveria ter descido uma estacao depois ! Dai ele disse que se eu me beeilen, se me apressasse, eu conseguia pegar um outro trem que saia naquele mesmo horario, para a outra estacao, e foi correndo comigo em direcao a plataforma. Sai voando e dizendo danke danke danke !, e quando ja no meio da escada, ouco o cara gritando tschau ! – supersimpatico. Pulei pra dentro do trem, tremendo, quando ouvi a mulher na minha frente dizendo para 2 meninas : nao, vamos sentar desse lado de ca ! nao hesitei : « brasileira ??? » dai ela disse que sim, sentei perto dela e viemos conversando. Jessica, mineira, cresceu em Vitoria e se casou com um Suico, mora la agora. Contei meu drama, ela contou o dela – perdeu a conexao porque chegou atrasada no trem – dai ela foi me ajudando a olhar o que eu faria assim que chegasse. Alivio enorme encontrar brasileiros. Enorme. Sai correndo do trem e cheguei a tempo na proxima estacao, de forma que nao perdi a conexao. Aleluia. Kkkk. Mas serio, se eu tivesse perdido, seria uma meleca, porque nao teria como avisar o Joao, e ele ficaria desorientado la sem saber o que tinha sido de mim. Construcao de frase que parece errada, mas eu gostei dela, entao vou deixar assim mesmo.
Enfim, entrei no trem certo, cheguei sa e salva em Genève. La, fiquei meio perdida tambem em relacao a para onde deveria ir, mas rapidamente me orientei. Aflicao de estar em um lugar onde ninguem fala sua lingua. Ou melhor, onde vc nao fala a lingua de ninguem. Entrei finalmente no trem e aproximadamente 2 horas e meia depois, cheguei na estacao de Grenoble, para encontrar o Joao !
Joao ? Mas onde ele esta ?
Desci do trem, nada de Joao. Fui andando, sai da plataforma, fui em direcao a estacao (digo, onde se compra passagens e tal), nada de Joao. Esperei, esperei. Voltei na plataforma ; nada. Sai por outro caminho ; nada ainda. Voltei entao pra entrada da estacao, larguei minha mochila no chao e logo em seguida, vi uma cabecinha preocupada olhando para todos os lados. Camisa verde. Olhou pro meu lado, mas nao me viu. Fui atras e me fiz ver. :)
Acontece que ele pensou que eu chegaria de onibus, e ficou me esperando na outra estacao, do lado. Mas no final, deu tudo certo. :)
Deixamos as coisas la em casa (kkkkk ne ??) e saimos para o supermercado, comprar qualquer coisa de comer. Chegando la, encontramos alguns dos amigos do Joao, pessoas bastante simpaticas, e decidimos comer todos juntos. Compramos uma coca baratassa horrorosérrima, uma lasanha similar, um paté simpático e voltamos pro alojamento.
As pessoas iam sair aquela noite, mas eu tava cansada demais, nao ia conseguir. Fui pro quarto tomar banho, depois chegaram Joao e Anna, para falar sobre uma possivel viagem de carro para Nice e redondezas. Ficou combinado de eu ir olhar precos de aluguel de carro com a Anna no dia seguinte. E assim foi. Kkkkk
Nos outros dias, passeamos pela cidade, conhecemos os lugares, descobri que o kebap daqui e diferente do da Alemanha. Coisas assim. Saimos para um irish pub com (sera que eu lembro os nomes ?) Igor, Anna, Leticia e Cintia (ra ! lembrei !), e descobri que a cerveja grande daqui e menor que a media na Alemanha. Assustadoramente menor. Pus a informacao na roda, empolgando as pessoas para posteriormente me visitarem.
Nao me lembro muito bem da ordem das coisas, mas em um outro dia, quando ja preparados para uma sessao de cinema em casa (ui, rede globo), Igor bateu na porta do quarto, chamando para o quarto da Anna, para socializar e comer de graca. :p Ficamos la ate tarde ; foi bem legal. Ainda que a Leticia tenha me chamado de estranhinha. Kkkkkkkk. Diz ela que isso nao e ruim – optei por acreditar. ;)
No sabado, madrugamos – mesmo, acordamos 6h para viajar para Avignon. Nao estavamos botando fe que a viagem ia vingar, porque nos outros dias havia chovido bastante, e se o tempo nao fizesse beau, a viagem seria cancelada. Acontece que por milagre fez beau e conseguimos concretizar os planos. Fui com Joao e Anna, em excursao do curso de linguas daqui, para Orange, depois Avignon. Visitamos um arco de triunfo, um teatro romano, uma antiga moradia papal, uma ponte que nao foi finalizada e um aqueduto romano de mais de 2000 anos. Tipo, superbacana. Fiquei horrorizada com o tanto de turista em Avignon – mais ainda, quando soube que aquele dia nao estava tao cheio quanto de costume. Serio, e de enlouquecer, o tanto de gente que estava andando por la. Avenida lotadassa. E eu que me irritava com os turistas de Weimar.. !
O lugar la do tal aqueduto e super bacana. A historia e bem legal, tipo, aquele aqueduto levava agua por mais de 50 km de distancia, passando por cima das montanhas. João Vitor me fez subir numa trilha loucassa la para fotografar o aqueduto la de cima. Ok, ok, valeu a pena. Mas ainda tenho pavor de trilhas. Morro de medo de desbarrancar la de cima. Non è bello.
Entao, meio que sao 4 pras 14h e nao consegui mesmo conectar a internet daqui. Tempo perdido, porque eu tenho que decidir o que farei nos proximos dias, dado que desisti de ir pra Espanha – me convenceram de que Madrid nao é tao legal assim; que eu estaria fazendo um mau negocio indo pra la, sem ir a Barcelona. E tambem, tem outros lugares que eu tenho mais vontade de conhecer. Vamos ver, se viajarei sozinha, ou se acho companhia. Internet, pra isso, seria bacana.
Entao, paro por aqui. Depois escrevo mais.
Beijos em todos, liebe Grüße
Au revoir
Pra variar, to começando meu texto com então..
Estou no momento em Grenoble, na universidade Stendhal, esperando o João assistir o começo da aula dele. Uhum. O problema é que a internet não esta funcionando! aaaaaaaa! Que ódio, que raiva, eu tinha tanta coisa a resolver! Agora to aqui nesse tempo morto.. enfim, já que estou à toa mesmo, resolvi finalmente escrever um novo post.
Shit shit shit, não adianta eu trocar de lugar, eu nao consigo conectar. Shit.
Enfim, vamos lá então. Primeiro vou tentar passar as fotos pra esse computador; será que eu consigo? hmmm. Tralalala.. (vcs viram; estou lhes incluindo na minha monotonia)
Pronto, as fotos estão devidamente salvas nesse macabu. Agora vamos contar.
Segunda-feira passada, há exatamente uma semana, deixei, finalmente, Weimar e Alemanha para trás, para me aventurar pela terra dos croissants. Logo pela manhã, me despedi do Vinícius e 7h04 peguei um trem com destino a Frankfurt. O trajeto seria: Weimar-Frankfurt-Basel-Genève-Grenoble; tudo de trem. Estava indo tudo bem, com exceção pelos enjoos, fomes e similares, mas tudo sob controle. Até que desci em Basel.
Desci em Basel. De acordo com meu papel da Hauptbahnhof, deveria pegar o proximo trem na plataforma 12. Porem, ao que tudo indicava, a estacao so tinha 11 plataformas..!! E reparando bem, eu havia chegado cerca de 10 minutos mais cedo, o que nao faz sentido, porque esses trens sao muito pontuais. Desci para olhar o papel da estacao, informando os horarios de todos os trens da semana, quando vi que haviam trens saindo de la para tchanananan ! Basel !!!!! Basel SB, algo assim – igualzinho ao que constava no meu papel, como estacao em que eu deveria ter descido. Desesperada, perguntei prum cara que estava do meu lado, se eu estava no lugar errado, ele disse que sim, que eu deveria ter descido uma estacao depois ! Dai ele disse que se eu me beeilen, se me apressasse, eu conseguia pegar um outro trem que saia naquele mesmo horario, para a outra estacao, e foi correndo comigo em direcao a plataforma. Sai voando e dizendo danke danke danke !, e quando ja no meio da escada, ouco o cara gritando tschau ! – supersimpatico. Pulei pra dentro do trem, tremendo, quando ouvi a mulher na minha frente dizendo para 2 meninas : nao, vamos sentar desse lado de ca ! nao hesitei : « brasileira ??? » dai ela disse que sim, sentei perto dela e viemos conversando. Jessica, mineira, cresceu em Vitoria e se casou com um Suico, mora la agora. Contei meu drama, ela contou o dela – perdeu a conexao porque chegou atrasada no trem – dai ela foi me ajudando a olhar o que eu faria assim que chegasse. Alivio enorme encontrar brasileiros. Enorme. Sai correndo do trem e cheguei a tempo na proxima estacao, de forma que nao perdi a conexao. Aleluia. Kkkk. Mas serio, se eu tivesse perdido, seria uma meleca, porque nao teria como avisar o Joao, e ele ficaria desorientado la sem saber o que tinha sido de mim. Construcao de frase que parece errada, mas eu gostei dela, entao vou deixar assim mesmo.
Enfim, entrei no trem certo, cheguei sa e salva em Genève. La, fiquei meio perdida tambem em relacao a para onde deveria ir, mas rapidamente me orientei. Aflicao de estar em um lugar onde ninguem fala sua lingua. Ou melhor, onde vc nao fala a lingua de ninguem. Entrei finalmente no trem e aproximadamente 2 horas e meia depois, cheguei na estacao de Grenoble, para encontrar o Joao !
Joao ? Mas onde ele esta ?
Desci do trem, nada de Joao. Fui andando, sai da plataforma, fui em direcao a estacao (digo, onde se compra passagens e tal), nada de Joao. Esperei, esperei. Voltei na plataforma ; nada. Sai por outro caminho ; nada ainda. Voltei entao pra entrada da estacao, larguei minha mochila no chao e logo em seguida, vi uma cabecinha preocupada olhando para todos os lados. Camisa verde. Olhou pro meu lado, mas nao me viu. Fui atras e me fiz ver. :)
Acontece que ele pensou que eu chegaria de onibus, e ficou me esperando na outra estacao, do lado. Mas no final, deu tudo certo. :)
Deixamos as coisas la em casa (kkkkk ne ??) e saimos para o supermercado, comprar qualquer coisa de comer. Chegando la, encontramos alguns dos amigos do Joao, pessoas bastante simpaticas, e decidimos comer todos juntos. Compramos uma coca baratassa horrorosérrima, uma lasanha similar, um paté simpático e voltamos pro alojamento.
As pessoas iam sair aquela noite, mas eu tava cansada demais, nao ia conseguir. Fui pro quarto tomar banho, depois chegaram Joao e Anna, para falar sobre uma possivel viagem de carro para Nice e redondezas. Ficou combinado de eu ir olhar precos de aluguel de carro com a Anna no dia seguinte. E assim foi. Kkkkk
Nos outros dias, passeamos pela cidade, conhecemos os lugares, descobri que o kebap daqui e diferente do da Alemanha. Coisas assim. Saimos para um irish pub com (sera que eu lembro os nomes ?) Igor, Anna, Leticia e Cintia (ra ! lembrei !), e descobri que a cerveja grande daqui e menor que a media na Alemanha. Assustadoramente menor. Pus a informacao na roda, empolgando as pessoas para posteriormente me visitarem.
Nao me lembro muito bem da ordem das coisas, mas em um outro dia, quando ja preparados para uma sessao de cinema em casa (ui, rede globo), Igor bateu na porta do quarto, chamando para o quarto da Anna, para socializar e comer de graca. :p Ficamos la ate tarde ; foi bem legal. Ainda que a Leticia tenha me chamado de estranhinha. Kkkkkkkk. Diz ela que isso nao e ruim – optei por acreditar. ;)
No sabado, madrugamos – mesmo, acordamos 6h para viajar para Avignon. Nao estavamos botando fe que a viagem ia vingar, porque nos outros dias havia chovido bastante, e se o tempo nao fizesse beau, a viagem seria cancelada. Acontece que por milagre fez beau e conseguimos concretizar os planos. Fui com Joao e Anna, em excursao do curso de linguas daqui, para Orange, depois Avignon. Visitamos um arco de triunfo, um teatro romano, uma antiga moradia papal, uma ponte que nao foi finalizada e um aqueduto romano de mais de 2000 anos. Tipo, superbacana. Fiquei horrorizada com o tanto de turista em Avignon – mais ainda, quando soube que aquele dia nao estava tao cheio quanto de costume. Serio, e de enlouquecer, o tanto de gente que estava andando por la. Avenida lotadassa. E eu que me irritava com os turistas de Weimar.. !
O lugar la do tal aqueduto e super bacana. A historia e bem legal, tipo, aquele aqueduto levava agua por mais de 50 km de distancia, passando por cima das montanhas. João Vitor me fez subir numa trilha loucassa la para fotografar o aqueduto la de cima. Ok, ok, valeu a pena. Mas ainda tenho pavor de trilhas. Morro de medo de desbarrancar la de cima. Non è bello.
Entao, meio que sao 4 pras 14h e nao consegui mesmo conectar a internet daqui. Tempo perdido, porque eu tenho que decidir o que farei nos proximos dias, dado que desisti de ir pra Espanha – me convenceram de que Madrid nao é tao legal assim; que eu estaria fazendo um mau negocio indo pra la, sem ir a Barcelona. E tambem, tem outros lugares que eu tenho mais vontade de conhecer. Vamos ver, se viajarei sozinha, ou se acho companhia. Internet, pra isso, seria bacana.
Entao, paro por aqui. Depois escrevo mais.
Beijos em todos, liebe Grüße
Au revoir
domingo, 10 de agosto de 2008
sábado, 9 de agosto de 2008
Party
já que estou aqui mesmo, vou aproveitar pra contar do dia de ontem.
infelizmente não tenho fotos (muito infelizmente), mas vá lá.
vamos por highlights. (o q q dá em mim que eu lembro das palavras mais bizarras, que eu nunca usei no Brasil, quando eu vou escrever aqui? gente, eu usei o verbo "lalar" no último post. isso não é normal. não pode ser.)
primeiro, Vinícius e eu no trem, voltando de Erfurt, depois de rodar a cidade toda procurando capa protetora de notebook, sem achar nada que valesse a pena. na verdade, um pouco antes de entrar no trem, demos de cara com um colega de sala nosso, que nos viu e virou o rosto, fingindo estar distraído. ah, o calor alemão! começamos a rir na hora; com certeza ele reparou que rimos dele, mas vamos combinar: vai ser ridículo assim? aff. depois, quando entramos na estação pra esperar o trem, ele tava lá também, e dessa vez nem nos demos ao trabalho de tentar cumprimentá-lo.
entrando no trem, tava bem cheio, nos sentamos, eu com um menino do lado, Vinícius sem ninguém do lado, na minha frente. ficamos conversando, em português, até que em um dado momento, o menino perguntou pro Vinícius: "vc é de que região do Brasil?" tomamos um susto kkkk, até comentamos "ainda bem que não estávamos falando mal de vc!", kkkk, ele riu, tals. daí ele falou, BH, se apresentou, me apresentei, o menino se apresentou, Titus, alemão de Weimar, filho de uma peruana. suuper simpático. daí ele presumiu q eu era alemã, kkk, e eu respondi q, apesar de não parecer, sou 100% brasileira. isso é uma das coisas que eu mais gosto. eu me sinto "normal" por aqui. ok, isso soou muito emo hahahaha. o que eu quero dizer é que as pessoas sempre acham que eu sou alemã, e se eu abro a boca e elas ouvem o sotaque, elas pensam que eu sou francesa ou alguma coisa assim. no Brasil, eu sempre me sinto diferente de todo mundo - eu já encontrei pernas mais brancas que as minhas, aqui! sem dramas, mas é verdade, já me disseram trocentas vezes que eu era muito diferente, que eu tinha um rosto diferente, tals, e aqui, todo mundo acha normal. isso eu gosto.
voltando. ficamos conversando com ele, ele em espanhol, nós em português, e foi superlegal. e por ironia do destino, nosso simpaticíssimo colega virador de rosto profissional e sua namorada, casal legitimamente alemão, que mal se toca e quase nunca fala nada, voltaram o caminho todo andando uns 3, 4 metros na nossa frente, ouvindo nossa conversa com o outro alemão. garanto que teria sido muito mais divertido pra eles conversarem com a gente, do que andarem o caminho todo calados. sério, é de dar aflição. mas não, ele fingiu não ter visto a gente. falta de educação. não sabe o que perdeu. ui!
voltamos pra casa, Carol ligou pro Vinícius, nos chamando pra ir a Jena, numa festa, com o Mimmo. sim, o nome dele é esse mesmo, não é apelido.
caímos num buraco; buraco negro, daqueles que atraem o que está em volta. mas esse atraía só as maiores bizarrices. sério, o lugar é muito péssimo, total fim de carreira, muito engraçado. as músicas eram de mil novecentos e noventa e eu na escola. as pessoas, das mais sem ritmo e mais bizarras do mundo. um que dançava encenando, como se estivesse gravando um videoclipe. outro, que parecia pular amarelinha. uma menina, toda de branco, dançando freneticamente, com a calça mais equivocada jamais produzida pelo ser humano. uma mulher totalmente descabelada, dançando com um cara canastrão que simplesmente apertou seus peitos (vale frisar: totalmente sem jeito) no meio da pixxxxta, nos fazendo cair de costas. outro canastrão, chato, chato, chato, que ficava forçando a barra pra dançar com a gostosona da festa que, de acordo com Carol e Vinícius, estava lá semana passada também. (ela é gostosona mesmo, sem ironia) um cara totalmente tosco, que ficava falando com o DJ e gritando "uhuu", para exibir sua boca desprovida de incisivos superiores (argh!). uma menina absolutamente bêbada, com uma micromicromicrosaia, de salto alto fino, que mal se mantia em pé - foi o primeiro public kissing da noite (por aqui acontecem muito raros), e que em 10 minutos estava com a blusa desabotoada e o sutiã de fora - assim ficou por mais de 1 hora, sem perceber, até uma alma boa lhe dizer para fechar a camisa. sério, essa menina tava com cara de que ia vomitar a qualquer momento. ah, e teve os caras da despedida de solteiro - um deles chamou a Carol pra fazer um strip kkkkkkkkkk. vimos também o bigode - um cara com aqueles bigodes cheios, bem servidos (como diria o O Bruno), fazendo uma voltinha pra cima, sabem como? muito bizarro.
enfim, deu pra rir bastante. e dançar SAMBA! DE JANEIRO! papa papaa papapa papa! papa papaaa papapa papa! pa pa papa papapa papa! SEMPRE ASSIM! EM CIMA! EM CIMA EM CIMA EM CIMA! SEMPRE ASSIM! EMBAIXO! EMBAIXO EMBAIXO EMBAIXO!
sério, vale muito a pena ver o video.
resumindo, foi isso! pena que não tenho fotos, muita pena mesmo.
beijos em todos, boa noite!
liebe Grüße!
infelizmente não tenho fotos (muito infelizmente), mas vá lá.
vamos por highlights. (o q q dá em mim que eu lembro das palavras mais bizarras, que eu nunca usei no Brasil, quando eu vou escrever aqui? gente, eu usei o verbo "lalar" no último post. isso não é normal. não pode ser.)
primeiro, Vinícius e eu no trem, voltando de Erfurt, depois de rodar a cidade toda procurando capa protetora de notebook, sem achar nada que valesse a pena. na verdade, um pouco antes de entrar no trem, demos de cara com um colega de sala nosso, que nos viu e virou o rosto, fingindo estar distraído. ah, o calor alemão! começamos a rir na hora; com certeza ele reparou que rimos dele, mas vamos combinar: vai ser ridículo assim? aff. depois, quando entramos na estação pra esperar o trem, ele tava lá também, e dessa vez nem nos demos ao trabalho de tentar cumprimentá-lo.
entrando no trem, tava bem cheio, nos sentamos, eu com um menino do lado, Vinícius sem ninguém do lado, na minha frente. ficamos conversando, em português, até que em um dado momento, o menino perguntou pro Vinícius: "vc é de que região do Brasil?" tomamos um susto kkkk, até comentamos "ainda bem que não estávamos falando mal de vc!", kkkk, ele riu, tals. daí ele falou, BH, se apresentou, me apresentei, o menino se apresentou, Titus, alemão de Weimar, filho de uma peruana. suuper simpático. daí ele presumiu q eu era alemã, kkk, e eu respondi q, apesar de não parecer, sou 100% brasileira. isso é uma das coisas que eu mais gosto. eu me sinto "normal" por aqui. ok, isso soou muito emo hahahaha. o que eu quero dizer é que as pessoas sempre acham que eu sou alemã, e se eu abro a boca e elas ouvem o sotaque, elas pensam que eu sou francesa ou alguma coisa assim. no Brasil, eu sempre me sinto diferente de todo mundo - eu já encontrei pernas mais brancas que as minhas, aqui! sem dramas, mas é verdade, já me disseram trocentas vezes que eu era muito diferente, que eu tinha um rosto diferente, tals, e aqui, todo mundo acha normal. isso eu gosto.
voltando. ficamos conversando com ele, ele em espanhol, nós em português, e foi superlegal. e por ironia do destino, nosso simpaticíssimo colega virador de rosto profissional e sua namorada, casal legitimamente alemão, que mal se toca e quase nunca fala nada, voltaram o caminho todo andando uns 3, 4 metros na nossa frente, ouvindo nossa conversa com o outro alemão. garanto que teria sido muito mais divertido pra eles conversarem com a gente, do que andarem o caminho todo calados. sério, é de dar aflição. mas não, ele fingiu não ter visto a gente. falta de educação. não sabe o que perdeu. ui!
voltamos pra casa, Carol ligou pro Vinícius, nos chamando pra ir a Jena, numa festa, com o Mimmo. sim, o nome dele é esse mesmo, não é apelido.
caímos num buraco; buraco negro, daqueles que atraem o que está em volta. mas esse atraía só as maiores bizarrices. sério, o lugar é muito péssimo, total fim de carreira, muito engraçado. as músicas eram de mil novecentos e noventa e eu na escola. as pessoas, das mais sem ritmo e mais bizarras do mundo. um que dançava encenando, como se estivesse gravando um videoclipe. outro, que parecia pular amarelinha. uma menina, toda de branco, dançando freneticamente, com a calça mais equivocada jamais produzida pelo ser humano. uma mulher totalmente descabelada, dançando com um cara canastrão que simplesmente apertou seus peitos (vale frisar: totalmente sem jeito) no meio da pixxxxta, nos fazendo cair de costas. outro canastrão, chato, chato, chato, que ficava forçando a barra pra dançar com a gostosona da festa que, de acordo com Carol e Vinícius, estava lá semana passada também. (ela é gostosona mesmo, sem ironia) um cara totalmente tosco, que ficava falando com o DJ e gritando "uhuu", para exibir sua boca desprovida de incisivos superiores (argh!). uma menina absolutamente bêbada, com uma micromicromicrosaia, de salto alto fino, que mal se mantia em pé - foi o primeiro public kissing da noite (por aqui acontecem muito raros), e que em 10 minutos estava com a blusa desabotoada e o sutiã de fora - assim ficou por mais de 1 hora, sem perceber, até uma alma boa lhe dizer para fechar a camisa. sério, essa menina tava com cara de que ia vomitar a qualquer momento. ah, e teve os caras da despedida de solteiro - um deles chamou a Carol pra fazer um strip kkkkkkkkkk. vimos também o bigode - um cara com aqueles bigodes cheios, bem servidos (como diria o O Bruno), fazendo uma voltinha pra cima, sabem como? muito bizarro.
enfim, deu pra rir bastante. e dançar SAMBA! DE JANEIRO! papa papaa papapa papa! papa papaaa papapa papa! pa pa papa papapa papa! SEMPRE ASSIM! EM CIMA! EM CIMA EM CIMA EM CIMA! SEMPRE ASSIM! EMBAIXO! EMBAIXO EMBAIXO EMBAIXO!
sério, vale muito a pena ver o video.
resumindo, foi isso! pena que não tenho fotos, muita pena mesmo.
beijos em todos, boa noite!
liebe Grüße!
Abschiede
despedidas
então..
essas últimas semanas foram regadas a momentos de despedida. primeiro, foi a Andra, nossa querida amiga romena, companheira de todos os macarrões em casa e almoços no Mensa. despedidas são sempre difíceis, mas a dela teve um gostinho de "até logo", porque talvez iremos à Romênia passear com ela (Bucureşti e outras cidadelas em volta).
fomos pro Studentenwohnheim (alojamento universitário) dela - na verdade, prum clube que tem lá. é tipo, superbacana o lugar; uma pena que o Wohnheim fica tão longe do resto do mundo! fomos Lyubava, Vinícius e eu; lá encontramos a Andra e um amigo rockabilly dela, que não sei o nome..! opa, mentira! sei o apelido: Elvis! :D não sei se ele se chama Karl.. ou se eu tô inventando isso.. enfim!
lá nós jogamos sinuca divinamente (nenhum de nós tem coordenação pra isso - com exceção da Lyubava, minha dupla! :D ela não tinha coordenação, mas tinha muita sorte. kkkkk). ganhamos a melhor de 3 (2x1); perdemos a última pq eu encaçapei a bola 8 na caçapa errada. :/
depois jogamos dardos um tempão e ficamos conversando..
no dia seguinte, voltei lá pra buscar minha herança: cobertor, travesseiro (que o Vinícius lalou), cabides, coisas de cozinha, velas, revistas.. acho q só.. emagreci 12 kilos no caminho de volta - que eu voltei apé, carregando a mala que pesava mais de 20kg. juro, era muito longe.
então, tô comentando só das despedidas que eu tenho fotos..! ah, vou falar rapidinho das outras tb né.
depois da Andra, foi a vez de me despedir da Sophie, uma de minhas Mitbewohnerinen, francesa parisiense do quarto do lado do meu, fofa que só. com certeza vai fazer falta aqui em casa; era com quem eu tinha mais contato. bom, talvez nos veremos novamente em Paris, quando eu for pra lá. tomara. :) pra vcs entenderem: Vinícius e eu a chamamos de Mara. por que Mara? então. aqui em casa eu moro só com apresentadoras de programas infantis. (usamos nomes fictícios pra elas não saberem que estamos falando delas :p ei! não me julguem! tenho certeza de que vcs fariam o mesmo!) prosseguindo: a Sophie é a Mara [Maravilha], a Kathi é a Angélica e a Mandy é a Maria. Maria? Sim. Maria da Graça Xuxa Meneghel. kkkkk :D
depois foi a Silvana, portuguesa gracinha demais também. mas também parece que iremos visitá-la nessas férias. :D
depois, o Martin, que tá indo pro Brasil, estudar artes na UFMG. conhecemos a mãe dele, que ficou falando de coisas do Brasil com a gente (pq eles moraram uns anos em SP quando o Martin era pequeno). daí um cara muito louco, sério, de pedra, que ficava falando sozinho o tempo inteiro, rindo sozinho, esquisitasso, me cutucou e perguntou como se falava "grosses Ohr" em português. eu respondi, "orelha grande", com aquela cara de pontodeinterrogação reinando no meu rosto. daí ele mesmo já foi respondendo, rindo, "é assim que vcs chamam telefone público lá né!" !! aí que eu entendi! e corrigi: "é orelhão!".. aí a mãe do Martin me ajudou a explicá-lo que "ão" é um aumentativo - que em alemão só existe diminutivo. daí ele me disse que a mãe dele é louca com o Brasil, adora o país, e que foi passar as férias no Rio, se não me engano, um tempo atrás, e voltou contando isso pra ele, achando a maior graça. daí eu ainda tive que explicar que o formato do orelhão lembra mesmo uma orelha; pq aqui não tem nada disso. acabou que o louco varrido é supergenteboa, muito simpático, engraçado, só absolutamente louco mesmo. :D chama Jonas eu acho. eu avisei pra ele que iria esquecer. daí, mais tarde um pouco, chegaram Bianka e seu namorado, Thomas - ela acabou de voltar de BH, ficou 3 meses por aí (por lá, sei lá onde vcs estão!). superlegal ela e o namorado tb, adorei os 2! ambos estudam Mediengestaltung, e o completamentedoido tb. todo mundo que é legal estuda Mediengestaltung! vou ter que pegar umas matérias lá esse próximo semestre.
então, foi isso.
depois, teve a despedida do Rafa, que também tá indo pra BH (lembram-se do episódio Cathlyn? ele é o antagonista. não que ela seja uma heroína, mas ela definitivamente foi a protagonista - ou alguém discorda?). fui com Carol e Vinícius, ficamos um tempinho lá - Rafa é um doce -, tava tendo um supersaldãodovarejo das coisas dele e de uma menina que também ia viajar pra não sei onde, e comprei um pano dela, como diria a Carol. despedimos dele, seguros de que ainda nos veríamos na FaFiCH no ano que vem (ele vai estudar na Comunicação) e zarpamos para a despedida do Fred.
Fred fez sua despedida no C-Keller, lugar mais insuportavelmente com cheiro de cigarro do mundo. mas acabou que nem entramos; ficamos ou no bar lá em cima ou na escada lá embaixo, antes da entrada. primeiro, ficamos conversando com 2 pessoasdopaísdabota (que se falar "italiano" eles entendem kkk), simpáticos, mas pra variar, eu não conseguia me comunicar com eles. daí chegaram Rafaela, Felipe, Osmar e uns amigos dele, que formaram com ele na federal (todo mundo da comunicação também). ficamos conversando até o Fred despedir da italiana dele, que tava voltando pra bota. daí ele voltou, continuamos ali, na escada; foi bacana. Mimmo, botense e pessoacommaiscarademafiosaquejavinavida chegou tb. algum tempo depois, Felipe, Rafa, Osmar e sua trupe foram embora. depois, fomos com o Fred.
passamos na casa dele, pra ele deixar a herança da Carol com ela, ficamos conversando durante horas a fio, até que amanheceu. daí resolvemos ir tomar café da manhã e ficamos rodando pela cidade, num frio mortal (não tava tão frio assim, mas a gente não tava adequadamente agasalhado - destaque para o visual "mindingo" do Fred), esperando alguma padaria abrir. 6h30, abriu uma padaria, e matamos nossa fome. de lá, voltamos pra casa do Fred, para buscar pão de queijo (!!!!! :D) e nos despedimos de verdade, enfim, com promessas de nos visitarmos em Campinas/BH. Fredinho querido demais, vai fazer muita falta aqui.
agora é minha vez de me despedir de Weimar, mas só por hora. segunda 7h04 da manhã entrarei em um trem, com destino: Grenoble. França, depois Espanha, França novamente, Bélgica, Holanda e por aí vai. em outubro volto pra cá.
levo meu laptop, então continuarei mandando notícias - agora mais freqüentemente, espero.
beijos em todos, liebe Grüße
então..
essas últimas semanas foram regadas a momentos de despedida. primeiro, foi a Andra, nossa querida amiga romena, companheira de todos os macarrões em casa e almoços no Mensa. despedidas são sempre difíceis, mas a dela teve um gostinho de "até logo", porque talvez iremos à Romênia passear com ela (Bucureşti e outras cidadelas em volta).
fomos pro Studentenwohnheim (alojamento universitário) dela - na verdade, prum clube que tem lá. é tipo, superbacana o lugar; uma pena que o Wohnheim fica tão longe do resto do mundo! fomos Lyubava, Vinícius e eu; lá encontramos a Andra e um amigo rockabilly dela, que não sei o nome..! opa, mentira! sei o apelido: Elvis! :D não sei se ele se chama Karl.. ou se eu tô inventando isso.. enfim!
lá nós jogamos sinuca divinamente (nenhum de nós tem coordenação pra isso - com exceção da Lyubava, minha dupla! :D ela não tinha coordenação, mas tinha muita sorte. kkkkk). ganhamos a melhor de 3 (2x1); perdemos a última pq eu encaçapei a bola 8 na caçapa errada. :/
depois jogamos dardos um tempão e ficamos conversando..
no dia seguinte, voltei lá pra buscar minha herança: cobertor, travesseiro (que o Vinícius lalou), cabides, coisas de cozinha, velas, revistas.. acho q só.. emagreci 12 kilos no caminho de volta - que eu voltei apé, carregando a mala que pesava mais de 20kg. juro, era muito longe.
então, tô comentando só das despedidas que eu tenho fotos..! ah, vou falar rapidinho das outras tb né.
depois da Andra, foi a vez de me despedir da Sophie, uma de minhas Mitbewohnerinen, francesa parisiense do quarto do lado do meu, fofa que só. com certeza vai fazer falta aqui em casa; era com quem eu tinha mais contato. bom, talvez nos veremos novamente em Paris, quando eu for pra lá. tomara. :) pra vcs entenderem: Vinícius e eu a chamamos de Mara. por que Mara? então. aqui em casa eu moro só com apresentadoras de programas infantis. (usamos nomes fictícios pra elas não saberem que estamos falando delas :p ei! não me julguem! tenho certeza de que vcs fariam o mesmo!) prosseguindo: a Sophie é a Mara [Maravilha], a Kathi é a Angélica e a Mandy é a Maria. Maria? Sim. Maria da Graça Xuxa Meneghel. kkkkk :D
depois foi a Silvana, portuguesa gracinha demais também. mas também parece que iremos visitá-la nessas férias. :D
depois, o Martin, que tá indo pro Brasil, estudar artes na UFMG. conhecemos a mãe dele, que ficou falando de coisas do Brasil com a gente (pq eles moraram uns anos em SP quando o Martin era pequeno). daí um cara muito louco, sério, de pedra, que ficava falando sozinho o tempo inteiro, rindo sozinho, esquisitasso, me cutucou e perguntou como se falava "grosses Ohr" em português. eu respondi, "orelha grande", com aquela cara de pontodeinterrogação reinando no meu rosto. daí ele mesmo já foi respondendo, rindo, "é assim que vcs chamam telefone público lá né!" !! aí que eu entendi! e corrigi: "é orelhão!".. aí a mãe do Martin me ajudou a explicá-lo que "ão" é um aumentativo - que em alemão só existe diminutivo. daí ele me disse que a mãe dele é louca com o Brasil, adora o país, e que foi passar as férias no Rio, se não me engano, um tempo atrás, e voltou contando isso pra ele, achando a maior graça. daí eu ainda tive que explicar que o formato do orelhão lembra mesmo uma orelha; pq aqui não tem nada disso. acabou que o louco varrido é supergenteboa, muito simpático, engraçado, só absolutamente louco mesmo. :D chama Jonas eu acho. eu avisei pra ele que iria esquecer. daí, mais tarde um pouco, chegaram Bianka e seu namorado, Thomas - ela acabou de voltar de BH, ficou 3 meses por aí (por lá, sei lá onde vcs estão!). superlegal ela e o namorado tb, adorei os 2! ambos estudam Mediengestaltung, e o completamentedoido tb. todo mundo que é legal estuda Mediengestaltung! vou ter que pegar umas matérias lá esse próximo semestre.
então, foi isso.
depois, teve a despedida do Rafa, que também tá indo pra BH (lembram-se do episódio Cathlyn? ele é o antagonista. não que ela seja uma heroína, mas ela definitivamente foi a protagonista - ou alguém discorda?). fui com Carol e Vinícius, ficamos um tempinho lá - Rafa é um doce -, tava tendo um supersaldãodovarejo das coisas dele e de uma menina que também ia viajar pra não sei onde, e comprei um pano dela, como diria a Carol. despedimos dele, seguros de que ainda nos veríamos na FaFiCH no ano que vem (ele vai estudar na Comunicação) e zarpamos para a despedida do Fred.
Fred fez sua despedida no C-Keller, lugar mais insuportavelmente com cheiro de cigarro do mundo. mas acabou que nem entramos; ficamos ou no bar lá em cima ou na escada lá embaixo, antes da entrada. primeiro, ficamos conversando com 2 pessoasdopaísdabota (que se falar "italiano" eles entendem kkk), simpáticos, mas pra variar, eu não conseguia me comunicar com eles. daí chegaram Rafaela, Felipe, Osmar e uns amigos dele, que formaram com ele na federal (todo mundo da comunicação também). ficamos conversando até o Fred despedir da italiana dele, que tava voltando pra bota. daí ele voltou, continuamos ali, na escada; foi bacana. Mimmo, botense e pessoacommaiscarademafiosaquejavinavida chegou tb. algum tempo depois, Felipe, Rafa, Osmar e sua trupe foram embora. depois, fomos com o Fred.
passamos na casa dele, pra ele deixar a herança da Carol com ela, ficamos conversando durante horas a fio, até que amanheceu. daí resolvemos ir tomar café da manhã e ficamos rodando pela cidade, num frio mortal (não tava tão frio assim, mas a gente não tava adequadamente agasalhado - destaque para o visual "mindingo" do Fred), esperando alguma padaria abrir. 6h30, abriu uma padaria, e matamos nossa fome. de lá, voltamos pra casa do Fred, para buscar pão de queijo (!!!!! :D) e nos despedimos de verdade, enfim, com promessas de nos visitarmos em Campinas/BH. Fredinho querido demais, vai fazer muita falta aqui.
agora é minha vez de me despedir de Weimar, mas só por hora. segunda 7h04 da manhã entrarei em um trem, com destino: Grenoble. França, depois Espanha, França novamente, Bélgica, Holanda e por aí vai. em outubro volto pra cá.
levo meu laptop, então continuarei mandando notícias - agora mais freqüentemente, espero.
beijos em todos, liebe Grüße
quinta-feira, 17 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Hannover
Gentê, pelamordedeus, há quanto tempo eu não atualizo isso aqui!
Vou pular várias das coisas então e contar da viagem pra Hannover (19 a 23 de Junho). Antes que eu esqueça dos detalhes dela. :p Na verdade, acho que eu já esqueci! Mas vamos lá:
Pra começar com o pé direito, Vinícius e eu... perdemos o trem! :D oh yeah. Chegamos tipo, 1 minuto (sério) atrasados, o trem já tinha saído. Mas foi ridículo, pq o nome do trem ainda estava lá, e quando chegamos (estávamos correndo o mais rápido possível) ficamos pulando e rindo e comemorando pq o trem nao tinha chegado ainda! kkkkkk Doce ilusão. Daí arrumamos outro trem pra ir; se a gente tivesse sorte, não teria que pagar nada mais. Mas não tivemos sorte, e pagamos 25-€ a mais, cada. Sem contar q eu tava absolutamente enjoada, estava vendo a hora em que eu ia vomitar no pé do cara que tava nos cobrando as passagens.
Daí, tínhamos que trocar de trem algumas vezes ainda. Na próxima estação, descemos e.. adivinha? Perdemos o outro trem! kkkkk Sério.. porque lemos errado; achamos que o trem saía dali a 50 minutos, mas ele saía em 2 minutos e chegava na outra cidade em 50 minutos. Ridículo deste tanto. Mas felizmente, agora não teríamos mais que pagar nada naquele dia.
Chegamos sãos e salvos em Hannover, encontramos a Cynthia, fomos pra casa dela, tals. Saímos de lá rapidinho pra participar de uma aula dela na universidade - aula de comunicação em alemão. Foi bacana, fora que a menina mais chata do mundo estava lá também. Juro, em 30 minutos de convivência indireta com ela, eu já consegui odiá-la. Arrogante, interrompia todo mundo, argh. Enfim.
Saímos de lá e fomos encontrar o Manuel (sim, ele é alemão), namorado da Cynthia. Comemos, tal, e fomos assistir o jogo Alemanha vs. Portugal, no Mensa de lá, e foi uuuuuultra divertido! Alemanha ganhou (como vcs já devem saber), e aí teve uma comemoração enorme na cidade; pessoas sacudindo carros, todo mundo buzinando; foi legal demais. Teve até polícia pra garantir que os carros pudessem andar nas ruas (kk). Diz o Manuel que nunca havia visto uma comemoração como aquela na Alemanha.
Super Deutschland! Super Deutschland! Super Deutschland olê olê!
Desenvolvemos a versão da música cada um-no-seu quadrado, cada um no seu quadrado! em alemão:
Jeder Mensch in seinem Quadrat, jeder Mensch in seinem Quadrat! Bier trinken in seinem Quadrat, Bier trinken in seinem Quadrat! Bratwurst in seinem Quadrat, Bratwurst in seinem Quadrat! Super Deutschland in seinem Quadrat, super Deutschland in seinem Quadrat! kkkkk Pena que não gravamos o clipe... fica pra próxima!
Voltamos pra casa, fiquei por lá e os meninos saíram.
No dia seguinte, almoçamos no Mensa (vamos combinar que lá é muito melhor do que aqui), daí fomos passear pela cidade. Nada demais pra contar, que eu me lembre..!
No outro dia, era a Fête de la Musique, festival que nasceu em Paris e agora acontece em inúmeros países/cidades pelo mundo. Acontecem várias apresentações musicais pelas ruas da cidade, tudo de graça. Foi muito bacana.
No dia seguinte, fomos ao Schloss Herrenhausen, que tem o jardim mais antigo do mundo, conservado igual ao original. Lá é lindo, enorme, dá vontade de ficar o dia inteiro ali. E os regadores supermolham a gente quando a gente passa, kkkkkk, é muito engraçado. Ficamos brincando entre regadores. Ui, voltando pra BH, praça da estação que me espere. kkkkk Saindo de lá, Cynthia foi encontrar com o Manuel e fomos do lado, onde tem várias plantas diferentes, não lembro como chama isso. Mas foi bacana tb; tem plantas do mundo inteiro.
Exaustos, Vinícius e eu ficamos um tempão deitados na grama e fazendo fotos de tudodevibe. kkkk De lá, fomos encontrar Cynthia e Manuel, pra comer e depois ir a um bar. Tomei um suco tipo, superbom. Voltamos pra casa da Cynthia, fomos dormir.
No dia seguinte, fomos pra "praia", que tem numa lagoa perto da casa da Cynthia. Ficamos lá um pouquinho só, e rumamos pra casa. Não perdemos mais trem nenhum. Aprendemos nossa lição. Deus conserva. kkkk
Depois conto de mais alguma coisa que tenha acontecido.
Beijos em todos, liebe Grüße
Vou pular várias das coisas então e contar da viagem pra Hannover (19 a 23 de Junho). Antes que eu esqueça dos detalhes dela. :p Na verdade, acho que eu já esqueci! Mas vamos lá:
Pra começar com o pé direito, Vinícius e eu... perdemos o trem! :D oh yeah. Chegamos tipo, 1 minuto (sério) atrasados, o trem já tinha saído. Mas foi ridículo, pq o nome do trem ainda estava lá, e quando chegamos (estávamos correndo o mais rápido possível) ficamos pulando e rindo e comemorando pq o trem nao tinha chegado ainda! kkkkkk Doce ilusão. Daí arrumamos outro trem pra ir; se a gente tivesse sorte, não teria que pagar nada mais. Mas não tivemos sorte, e pagamos 25-€ a mais, cada. Sem contar q eu tava absolutamente enjoada, estava vendo a hora em que eu ia vomitar no pé do cara que tava nos cobrando as passagens.
Daí, tínhamos que trocar de trem algumas vezes ainda. Na próxima estação, descemos e.. adivinha? Perdemos o outro trem! kkkkk Sério.. porque lemos errado; achamos que o trem saía dali a 50 minutos, mas ele saía em 2 minutos e chegava na outra cidade em 50 minutos. Ridículo deste tanto. Mas felizmente, agora não teríamos mais que pagar nada naquele dia.
Chegamos sãos e salvos em Hannover, encontramos a Cynthia, fomos pra casa dela, tals. Saímos de lá rapidinho pra participar de uma aula dela na universidade - aula de comunicação em alemão. Foi bacana, fora que a menina mais chata do mundo estava lá também. Juro, em 30 minutos de convivência indireta com ela, eu já consegui odiá-la. Arrogante, interrompia todo mundo, argh. Enfim.
Saímos de lá e fomos encontrar o Manuel (sim, ele é alemão), namorado da Cynthia. Comemos, tal, e fomos assistir o jogo Alemanha vs. Portugal, no Mensa de lá, e foi uuuuuultra divertido! Alemanha ganhou (como vcs já devem saber), e aí teve uma comemoração enorme na cidade; pessoas sacudindo carros, todo mundo buzinando; foi legal demais. Teve até polícia pra garantir que os carros pudessem andar nas ruas (kk). Diz o Manuel que nunca havia visto uma comemoração como aquela na Alemanha.
Super Deutschland! Super Deutschland! Super Deutschland olê olê!
Desenvolvemos a versão da música cada um-no-seu quadrado, cada um no seu quadrado! em alemão:
Jeder Mensch in seinem Quadrat, jeder Mensch in seinem Quadrat! Bier trinken in seinem Quadrat, Bier trinken in seinem Quadrat! Bratwurst in seinem Quadrat, Bratwurst in seinem Quadrat! Super Deutschland in seinem Quadrat, super Deutschland in seinem Quadrat! kkkkk Pena que não gravamos o clipe... fica pra próxima!
Voltamos pra casa, fiquei por lá e os meninos saíram.
No dia seguinte, almoçamos no Mensa (vamos combinar que lá é muito melhor do que aqui), daí fomos passear pela cidade. Nada demais pra contar, que eu me lembre..!
No outro dia, era a Fête de la Musique, festival que nasceu em Paris e agora acontece em inúmeros países/cidades pelo mundo. Acontecem várias apresentações musicais pelas ruas da cidade, tudo de graça. Foi muito bacana.
No dia seguinte, fomos ao Schloss Herrenhausen, que tem o jardim mais antigo do mundo, conservado igual ao original. Lá é lindo, enorme, dá vontade de ficar o dia inteiro ali. E os regadores supermolham a gente quando a gente passa, kkkkkk, é muito engraçado. Ficamos brincando entre regadores. Ui, voltando pra BH, praça da estação que me espere. kkkkk Saindo de lá, Cynthia foi encontrar com o Manuel e fomos do lado, onde tem várias plantas diferentes, não lembro como chama isso. Mas foi bacana tb; tem plantas do mundo inteiro.
Exaustos, Vinícius e eu ficamos um tempão deitados na grama e fazendo fotos de tudodevibe. kkkk De lá, fomos encontrar Cynthia e Manuel, pra comer e depois ir a um bar. Tomei um suco tipo, superbom. Voltamos pra casa da Cynthia, fomos dormir.
No dia seguinte, fomos pra "praia", que tem numa lagoa perto da casa da Cynthia. Ficamos lá um pouquinho só, e rumamos pra casa. Não perdemos mais trem nenhum. Aprendemos nossa lição. Deus conserva. kkkk
Depois conto de mais alguma coisa que tenha acontecido.
Beijos em todos, liebe Grüße
sábado, 14 de junho de 2008
»no, no, i bring you to weimar!« [sic]
Finalmente estou de volta. Sim, depois de semanas sem saco pra atualizar isso aqui, venho tentar correr atrás do tempo perdido..
Sexta feira, dia 30 de Maio, fomos em uma excursão com os outros intercambistas para Lübeck. A idéia era seguirmos pra Hamburg e depois (dia 1.) conhecer uma pequena cidade, Worpswede, antes de voltar pra Weimar.
Depois de cerca de 6 horas de viagem de ônibus, chegamos ao Jugendherberge (albergue) em Lübeck.
Por ironia, adivinhem quem dividiu o quarto comigo? Minha querida Cathlyn. :D E a Catarina (???? não sei escrever - se diz "catarjina"), eslovena. Mas acabou sendo legal e tal - a Cathlyn nem é chata quando está sóbria. :)
A cidade é bem bonitinha e tudo mais. Passamos o dia inteiro lá - eu iria encontrar a Suely à noite em Hamburg, mas como só iríamos pra lá no dia seguinte, combinei de encontrar no sábado.
Ps: odeio tours. Ficava querendo tirar fotos das coisas, mas nunca tem tempo. Um saco.
No dia seguinte, fomos cedo para Hamburg. Chegando lá: mais tour! Uhu! Mas assim: a cidade é maravilhosa. Sério, muito muito linda. Tem uma região onde as lojas mais chiques estão, onde o aluguel por metro quadrado é nada menos que 100-€. Repito: por metro quadrado. Lá, obviamente, não há residências (pois ninguém teria dinheiro pra bancar).
Há também uma rua em Hamburg onde a prostituição é permitida. A partir das 20h as prostitutas podem tranquilamente ficar pela rua e tudo mais. Perpendicular a ela, há um quarteirão que funciona como o da luz vermelha em Amsterdam: as mulheres ficam "expostas" em vitrines. Porém, nesse quarteirão, só homens podem entrar. Sabem por quê? Porque senão correria o risco de mulheres verem seus maridos por lá. Hmm. Que perigo.
Enfim, almoçamos correndo para poder ir ao tour de barco pelo porto de Hamburg. Eles têm o 2o maior porto da Europa (só perde pra Roterdam), o 6o maior porto do mundo e o tour de barco que é o 1o mais chato do universo. Containers, containers, containers. 2 horas de containers.
Sobre a Suely: pensei em dormir lá de sábado pra domingo, já que de sexta pra sábado não pude. Mas, descobri que não voltaríamos para Hamburg no domingo..! Daí passei o telefone da Evelyn-Desorientada-Beyer (moça responsável pelas relações internacionais da universidade, que organizou a excursão) para que a Suely pudesse descobrir se poderia nos deixar na Autobahn (auto-estrada) no dia seguinte pela manhã - que assim poderíamos encontrá-la e dormir lá. Poucos minutos depois, a Su me ligou horrorizada, disse que a mulher era uma cavala (ela usou essa palavra); parece que a Suely ligou pra ela, explicou quem era, e perguntou se o ônibus passaria na Autobahn de Hamburg, recebendo como resposta "eu não sou o motorista do ônibus". o.O Disse que eu poderia a) Dormir lá e voltar de trem pra Lübeck pela manhã, antes do ônibus sair ou b) Encontrar a excursão em Worpswede. No final das contas, ela desligou o telefone na cara da Suely. Olha que falta de educação. Acabou que não pude encontrá-la, e ainda fiquei com a cara no chão, porque a Suely mudou a agenda dela inteira para ter aquele fim de semana livre pra mim (ela rege 4 corais em Hamburg e ainda tem 2 filhos pequenos pra cuidar).
E sabem qual foi o melhor? Na manhã seguinte, o ônibus tã-dã-dã-dã! Parou na Autobahn pra pegar um menino, austríaco. Nunca tive tanta raiva.
Seguimos então para Worpswede, um Dorf de 6 mil pessoas. Vários artistas moraram lá, por isso a cidade tem algumas coisas interessantes. Mas ela é tão pequenininha, estava tão quente e estávamos tão cansados que mal podíamos esperar pra chegar em Weimar.
Quando estávamos chegando aqui, o motorista do ônibus falou »well, we will be in Weimar in 15 minutes and I must say goodbye«. Daí todo mundo falou um aaaaaaaaaaaaaaaaah!, e ele consertou »no, no, I bring you to weimar!« kkkkkkkkk. Daí ele disse que gostou muito de ir conosco a Lübeck, Hamburg e... e....... kkkkkk Worpswede é tão sem graça que ele nem conseguiu lembrar o nome. kkkk
E uma coisa que eu achei interessante: ele acompanhou alguns dos tours que fizemos. Achei muito legal isso; ele poder participar. Sabe como? Nunca vi os motoristas serem convidados pra acompanhar o tour, no Brasil.
Enfim, é isso então.
Beijos em todos,
liebe Grüße
Sexta feira, dia 30 de Maio, fomos em uma excursão com os outros intercambistas para Lübeck. A idéia era seguirmos pra Hamburg e depois (dia 1.) conhecer uma pequena cidade, Worpswede, antes de voltar pra Weimar.
Depois de cerca de 6 horas de viagem de ônibus, chegamos ao Jugendherberge (albergue) em Lübeck.
Por ironia, adivinhem quem dividiu o quarto comigo? Minha querida Cathlyn. :D E a Catarina (???? não sei escrever - se diz "catarjina"), eslovena. Mas acabou sendo legal e tal - a Cathlyn nem é chata quando está sóbria. :)
A cidade é bem bonitinha e tudo mais. Passamos o dia inteiro lá - eu iria encontrar a Suely à noite em Hamburg, mas como só iríamos pra lá no dia seguinte, combinei de encontrar no sábado.
Ps: odeio tours. Ficava querendo tirar fotos das coisas, mas nunca tem tempo. Um saco.
No dia seguinte, fomos cedo para Hamburg. Chegando lá: mais tour! Uhu! Mas assim: a cidade é maravilhosa. Sério, muito muito linda. Tem uma região onde as lojas mais chiques estão, onde o aluguel por metro quadrado é nada menos que 100-€. Repito: por metro quadrado. Lá, obviamente, não há residências (pois ninguém teria dinheiro pra bancar).
Há também uma rua em Hamburg onde a prostituição é permitida. A partir das 20h as prostitutas podem tranquilamente ficar pela rua e tudo mais. Perpendicular a ela, há um quarteirão que funciona como o da luz vermelha em Amsterdam: as mulheres ficam "expostas" em vitrines. Porém, nesse quarteirão, só homens podem entrar. Sabem por quê? Porque senão correria o risco de mulheres verem seus maridos por lá. Hmm. Que perigo.
Enfim, almoçamos correndo para poder ir ao tour de barco pelo porto de Hamburg. Eles têm o 2o maior porto da Europa (só perde pra Roterdam), o 6o maior porto do mundo e o tour de barco que é o 1o mais chato do universo. Containers, containers, containers. 2 horas de containers.
Sobre a Suely: pensei em dormir lá de sábado pra domingo, já que de sexta pra sábado não pude. Mas, descobri que não voltaríamos para Hamburg no domingo..! Daí passei o telefone da Evelyn-Desorientada-Beyer (moça responsável pelas relações internacionais da universidade, que organizou a excursão) para que a Suely pudesse descobrir se poderia nos deixar na Autobahn (auto-estrada) no dia seguinte pela manhã - que assim poderíamos encontrá-la e dormir lá. Poucos minutos depois, a Su me ligou horrorizada, disse que a mulher era uma cavala (ela usou essa palavra); parece que a Suely ligou pra ela, explicou quem era, e perguntou se o ônibus passaria na Autobahn de Hamburg, recebendo como resposta "eu não sou o motorista do ônibus". o.O Disse que eu poderia a) Dormir lá e voltar de trem pra Lübeck pela manhã, antes do ônibus sair ou b) Encontrar a excursão em Worpswede. No final das contas, ela desligou o telefone na cara da Suely. Olha que falta de educação. Acabou que não pude encontrá-la, e ainda fiquei com a cara no chão, porque a Suely mudou a agenda dela inteira para ter aquele fim de semana livre pra mim (ela rege 4 corais em Hamburg e ainda tem 2 filhos pequenos pra cuidar).
E sabem qual foi o melhor? Na manhã seguinte, o ônibus tã-dã-dã-dã! Parou na Autobahn pra pegar um menino, austríaco. Nunca tive tanta raiva.
Seguimos então para Worpswede, um Dorf de 6 mil pessoas. Vários artistas moraram lá, por isso a cidade tem algumas coisas interessantes. Mas ela é tão pequenininha, estava tão quente e estávamos tão cansados que mal podíamos esperar pra chegar em Weimar.
Quando estávamos chegando aqui, o motorista do ônibus falou »well, we will be in Weimar in 15 minutes and I must say goodbye«. Daí todo mundo falou um aaaaaaaaaaaaaaaaah!, e ele consertou »no, no, I bring you to weimar!« kkkkkkkkk. Daí ele disse que gostou muito de ir conosco a Lübeck, Hamburg e... e....... kkkkkk Worpswede é tão sem graça que ele nem conseguiu lembrar o nome. kkkk
E uma coisa que eu achei interessante: ele acompanhou alguns dos tours que fizemos. Achei muito legal isso; ele poder participar. Sabe como? Nunca vi os motoristas serem convidados pra acompanhar o tour, no Brasil.
Enfim, é isso então.
Beijos em todos,
liebe Grüße
domingo, 25 de maio de 2008
Sömmerda
usem sua imaginação para descobrir o significado do título.
uh. então.
combinamos com a Andra de irmos a Erfurt sábado, para - finalmente - fazer compras na IKEA. deveríamos nos encontrar na Hauptbahnhof às 11h30, para pegarmos o trem de 11h40 ou, no mais tardar, de 11h52. mas o ônibus pra lá só passava aqui perto de casa às 11h39, então chegamos (Vinícius e eu) lá 11h52, em ponto, e fomos literalmente correndo pra plataforma 2 - quando chegamos, nada mais de trem. e nada mais de Andra.
fomos comer e esperar pelo próximo trem, o de 12h40. entramos no trem e tivemos a brilhante idéia de descer uma estação antes - afinal, a gente já estava vendo a IKEA, e, quem sabe, dali a gente não conseguiria andar até lá, sem ter que ir pra Hauptbahnhof de Erfurt e pagar mais de 8-€ (gente, isso dá mais de 20 reais) em metrôs e ônibuses e coisas assim. quê que ia custar a gente fazer uma tentativa? afinal, a gente já estava enxergando a IKEA; não podia ser tão longe assim. descemos, então, em Vieselbach e fomos andando na direção da loja.
o único problema é que tinha um mato nos separando de lá, então tivemos que dar uma volta enorme, passando por um Dorf (vilarejo) e depois por um caminho entre o mato (não no mato, era um caminho de pedras até bem largo, entre o mato). chegamos!!!!!!!!!
gente, que felicidade!! conseguimos descobrir o caminho mais curto, mais barato e definitivamente mais esperto até a IKEA!! só tinha um problema: por onde entrar? só conseguíamos ver o pessoal autorizado, que estava indo embora, um portão trancado e um medo: sim, estava escrito IKEA gigante no prédio. mas embaixo de IKEA, estava escrito distribution, em letras menores.
não, claro que ali não era só pra isso. claro que a loja estaria do outro lado do prédio. a gente só tinha que descobrir como chegar lá. claro.
fomos falar com a moça que estava ali na entrada, e dissemos que estávamos perdidos, que a gente queria fazer compras na IKEA. ela começou a rir e disse que a gente realmente estava perdido; que a gente tinha que ir até Erfurt (que ali perto poderíamos pegar um ônibus para Erfurt) e, de lá pegar outro ônibus ou o metrô até a loja.
saímos morrendo de rir, totalmente frustrados, na direção: Erfurt.
nisso, já não tínhamos mais água, que o racionamento acabou assim que vimos que "havíamos chegado" na IKEA. por sorte, encontramos um posto de gasolina, e entramos na loja de conveniência para 1. comprar água, 2. pedir informações sobre onde pegar o ônibus e 3. com sorte, descolar uma caroninha maneira. com um caminhoneiro (fantasiamos), daria uma história para contar na nossa vida toda. entramos na loja, compramos a água e descobrimos: no sábado não passa ônibus por ali. teríamos que andar até lá. descobrimos também que era mais perto a gente voltar o caminho todo até Vieselbach do que chegar até Erfurt. exaustos, mortos de calor, desanimados, frustrados, ficamos sentados no chão, no posto, na vã esperança de que alguém viesse perguntar o que fazíamos ali tão desamparados e nos oferecesse uma cordial carona até nosso destino final.
que nada, os alemães não se socializam.
mas o moço da loja nos disse que era 30min de caminhada até o Bahnhof de Vieselbach, o que estranhamos bastante, porque com certeza andamos mais tempo do que isso para chegar lá. assim sendo, fui convencida pelo Vinícius de que deveríamos tentar um caminho diferente, do lado da estrada, para ver se chegaríamos mais rápido. eu estava meio hesitante - sei lá né, andar na beira da estrada me parece deveras perigoso. mas aí vimos duas velhinhas chegando de lá e concluímos que, se elas não morrem ali, a gente também não. qualquer coisa era só eu me jogar no mato do lado, coberto de flores amarelas e algumas margaridas - pensei, mas não ousei contar ao Vinícius na ocasião. drama demais? nunca se sabe né.
fomos andando, e na maior parte do caminho havia sim um passeio para nós, ao lado da estrada, super tranqüilo - só quando quase estávamos chegando na Bahnhof tivemos que andar um tiquinho na estrada mesmo. mas é fato que não passou um único carro durante o trajeto todo. muito tranqüilo.
chegamos à Bahnhof, lugar de poucos amigos, total decadente. olhamos o horário do trem: o próximo passaria dali a uns 50min. sentamos no banquinho (semi quebrado, claro), e esperamos.
finalmente o trem chegou, entramos (eu, com meus pés doendo horrores - meus dedões, pra ser mais específica, porque meu tênis da adidas não foi feito para caminhadas - o bico de couro não cede; enfim). dali a uns 2min chegou um velhinho, que estava sentado na poltrona em frente à nossa, e pediu licença pra passar - mas como as malas dele estavam na minha frente, não consegui dar espaço o suficiente e - me diga, meu povo, o que aconteceu? ele pisou no meu pé. não, melhor: no meu dedão. esquerdo. eu quase morri. quase. mas ele pediu desculpas e realmente foi um acidente, então eu, juntando todas as forças do meu ser, sorri, dizendo: ,,kein Problem". (sem problemas).
por volta de 16h descemos em Erfurt e claro que a gente foi comprar roupa, que, afinal, a gente merecia. já tinha sofrido demais. quê que custa, um pequeno agrado, depois de tudo o que a gente passou? entramos na H&M pra dar uma olhada, comemos, entramos na Zara, voltamos pra H&M, comprei umas coisinhas, entramos numas lojas super bacaninhas, olhamos, olhamos, Vinícius comprou uma camiseta, meu pé (o pisado) já doía tanto que eu não conseguia nem pensar. fomos voltando pra Hauptbahnhof, decidimos entrar numa livraria - que o Vinícius tava procurando um livro, e acabei comprando a versão em alemão do primeiro volume de Gossip Girl; livro que deu origem à série de TV. 6,95-€, mais de 200 páginas; acho que foi um preço bom.
voltamos, finalmente, destruídos para a Hauptbahnhof (no caminho, compramos um Dönner e um Dürung, porque não tínhamos nada para comer em casa), e fomos esperar pelo trem pra Weimar. 20h, estava marcado. não; houve um atraso, ele chegaria às 20h20. ops, outro atraso, ele chegaria às 20h30. de saco cheio, o Vinícius foi pedir informações e foi informado de que, aquele dia, todos os trens para Weimar haviam sido cancelados. a gente teria que pegar um ônibus pra cá. oras, mas a gente teria então que pagar pelo ônibus?? - ficamos nos questionando. afinal, o trem pra Weimar a gente pega de graça com o Thoska, mas a ônibus a gente não tem direito. descemos; quando estávamos a caminho do ônibus, vimos no painel: trem com parada em Weimar, 20h39.
subimos de volta correndo e entramos sem nem olhar no trem da plataforma 2, em que constava "Weimar" no letreiro externo. entramos, as portas logo se fecharam, assim que nos demos conta: esse trem é da ICE. a gente não pode pegá-lo de graça. suamos frio, e ficamos torcendo 1. para não nos pedirem o bilhete, afinal, era só 15min até chegarmos ou 2. para entenderem que foi um acidente e nos perdoarem. foi quando eu li o letreiro interno do trem: ,,heute, kein Halt in Weimar". "hoje, não há parada em Weimar". tudo bem, tudo bem, o trem deve parar em Jena, Gera, sei lá, qualquer cidade ali perto; a gente desce lá e pega outro trem regional de volta pra Weimar. simples assim. foi quando ouvimos a doce voz informando: ,,nächster Halt: Leipzig" - "próxima parada: Leipzig". enlouquecemos. eram 3 horas de viagem de trem bala até chegar em Leipzig. era muito longe. Vinícius levantou e foi procurar alguém para explicar o ocorrido. o cara foi grosso com ele, impaciente, disse que a gente deveria ter percebido, e blablablá, e que chegaríamos em Leipzig às 23h. de lá, teríamos que pegar um trem para Weißenfels e, então, outro para Weimar. Vinícius voltou desesperado e foi me contar o que ele disse. desesperei também, lógico, e fiquei tentando lembrar se eu não conhecia ninguém em Leipzig que pudesse nos socorrer.
o cara passou por nós, olhando os bilhetes e, quando ele estava voltando, fui falar com ele. expliquei novamente o ocorrido, disse que entramos no trem por engano, que a gente era novo aqui, pedi mil desculpas e ele perguntou se eu havia entendido o que deveríamos fazer. disse que não exatamente, e fui com ele para ele me explicar exatamente o que seria. ele parecia mais calmo, felizmente. fui pra lá e ele foi me mostrando no computador os trens que deveríamos pegar, escrevendo num papel pra mim, para eu não esquecer. foi quando o trem parou em um daqueles sinais; estávamos em uma estação. Vinícius chegou correndo e perguntou se eles não poderiam nos deixar descer ali, que poderíamos tentar pegar um trem de lá, que era mais perto. ele disse que não; que não tinha como. voltamos, sentamos em nossos lugares. e o trem ainda parado.
foi quando o cara veio se aproximando. não, nem queria alimentar esperanças, ele não estava vindo falar conosco. mas sim, ele estava! disse que lhe deram permissão para abrir a porta para nós, e foi explicando super rápido que ele não conhecia aquela estação, mas que dali deveríamos mudar de plataforma e que então pegaríamos um trem de volta pra Erfurt, e, então, um ônibus pra Weimar. agradecemos um milhão de vezes e descemos do trem. momento de maior felicidade do mundo!! não iríamos mais para Leipzig!! Deus, que alívio! estávamos quase chorando, fomos correndo para a outra plataforma e olhamos o horário do trem: dali a 30min estaríamos rumando para Erfurt.
qual foi nossa surpresa ao notar o nome da estação em que estávamos. resumia o nosso dia, a nossa experiência maravilhosa daquele dia: Sömmerda. Só merda. claro. sinal dos céus.
ficamos rindo primeiro da nossa merda, depois da nossa grande sorte de o trem ter parado naquele sinal ali. esperamos e finalmente pegamos nosso querido trem para Erfurt. e olha só que máximo: o trem tinha 2 andares!! fomos para o de cima e ficamos apreciando a vista.
descemos em Erfurt, fomos direto para o ponto de ônibus - tava cheio de gente vindo pra cá. felizmente tinha lugar pra todo mundo e pudemos vir sentados. dali a quase 1h chegamos na Hauptbahnhof; em 23 minutos passaria o ônibus 7, que poderia nos deixar na Goetheplatz, centro. entramos no ônibus, chegamos na Goetheplatz, vimos um sinal luminoso suuuuper bonito, que vinha de uma loja. coisa impensável para Weimar, muito arrogante. kkkk. viemos pra casa, tirei meus sapatos, tomei o melhor banho da minha vida, comi, tremendo, 1/3 do meu Dürung e subi pra minha cama, pra começar a ler meu Gossip Girl. isso era por volta de meia noite.
meu corpo doía tanto que, mesmo com todo o cansaço, eu dormia muito mal, e um sono muito leve. 4h da manhã levantei pra pegar uma novalgina e aí dormi melhor.
morais do dia: 1. não fazer brincadeiras maldosas envolvendo mórmons. 2. não confiar mais no computador do que no ser humano. 3. usar sempre protetor solar. 4. caminhos mirabolantes potencialmente não dão certo. 5. não sair de casa só com blusa de frio, e sem água. 6 e mais importante. precisamos da Andra pra tomar conta da gente.
ps: fizemos um documentário em vídeo do nosso dia. quase todo. depois posto no youtube e deixo os links.
liebe Grüße
ps: de acordo com o Google Maps, nessa brincadeira, andamos algo em torno de 9km.
uh. então.
combinamos com a Andra de irmos a Erfurt sábado, para - finalmente - fazer compras na IKEA. deveríamos nos encontrar na Hauptbahnhof às 11h30, para pegarmos o trem de 11h40 ou, no mais tardar, de 11h52. mas o ônibus pra lá só passava aqui perto de casa às 11h39, então chegamos (Vinícius e eu) lá 11h52, em ponto, e fomos literalmente correndo pra plataforma 2 - quando chegamos, nada mais de trem. e nada mais de Andra.
fomos comer e esperar pelo próximo trem, o de 12h40. entramos no trem e tivemos a brilhante idéia de descer uma estação antes - afinal, a gente já estava vendo a IKEA, e, quem sabe, dali a gente não conseguiria andar até lá, sem ter que ir pra Hauptbahnhof de Erfurt e pagar mais de 8-€ (gente, isso dá mais de 20 reais) em metrôs e ônibuses e coisas assim. quê que ia custar a gente fazer uma tentativa? afinal, a gente já estava enxergando a IKEA; não podia ser tão longe assim. descemos, então, em Vieselbach e fomos andando na direção da loja.
o único problema é que tinha um mato nos separando de lá, então tivemos que dar uma volta enorme, passando por um Dorf (vilarejo) e depois por um caminho entre o mato (não no mato, era um caminho de pedras até bem largo, entre o mato). chegamos!!!!!!!!!
gente, que felicidade!! conseguimos descobrir o caminho mais curto, mais barato e definitivamente mais esperto até a IKEA!! só tinha um problema: por onde entrar? só conseguíamos ver o pessoal autorizado, que estava indo embora, um portão trancado e um medo: sim, estava escrito IKEA gigante no prédio. mas embaixo de IKEA, estava escrito distribution, em letras menores.
não, claro que ali não era só pra isso. claro que a loja estaria do outro lado do prédio. a gente só tinha que descobrir como chegar lá. claro.
fomos falar com a moça que estava ali na entrada, e dissemos que estávamos perdidos, que a gente queria fazer compras na IKEA. ela começou a rir e disse que a gente realmente estava perdido; que a gente tinha que ir até Erfurt (que ali perto poderíamos pegar um ônibus para Erfurt) e, de lá pegar outro ônibus ou o metrô até a loja.
saímos morrendo de rir, totalmente frustrados, na direção: Erfurt.
nisso, já não tínhamos mais água, que o racionamento acabou assim que vimos que "havíamos chegado" na IKEA. por sorte, encontramos um posto de gasolina, e entramos na loja de conveniência para 1. comprar água, 2. pedir informações sobre onde pegar o ônibus e 3. com sorte, descolar uma caroninha maneira. com um caminhoneiro (fantasiamos), daria uma história para contar na nossa vida toda. entramos na loja, compramos a água e descobrimos: no sábado não passa ônibus por ali. teríamos que andar até lá. descobrimos também que era mais perto a gente voltar o caminho todo até Vieselbach do que chegar até Erfurt. exaustos, mortos de calor, desanimados, frustrados, ficamos sentados no chão, no posto, na vã esperança de que alguém viesse perguntar o que fazíamos ali tão desamparados e nos oferecesse uma cordial carona até nosso destino final.
que nada, os alemães não se socializam.
mas o moço da loja nos disse que era 30min de caminhada até o Bahnhof de Vieselbach, o que estranhamos bastante, porque com certeza andamos mais tempo do que isso para chegar lá. assim sendo, fui convencida pelo Vinícius de que deveríamos tentar um caminho diferente, do lado da estrada, para ver se chegaríamos mais rápido. eu estava meio hesitante - sei lá né, andar na beira da estrada me parece deveras perigoso. mas aí vimos duas velhinhas chegando de lá e concluímos que, se elas não morrem ali, a gente também não. qualquer coisa era só eu me jogar no mato do lado, coberto de flores amarelas e algumas margaridas - pensei, mas não ousei contar ao Vinícius na ocasião. drama demais? nunca se sabe né.
fomos andando, e na maior parte do caminho havia sim um passeio para nós, ao lado da estrada, super tranqüilo - só quando quase estávamos chegando na Bahnhof tivemos que andar um tiquinho na estrada mesmo. mas é fato que não passou um único carro durante o trajeto todo. muito tranqüilo.
chegamos à Bahnhof, lugar de poucos amigos, total decadente. olhamos o horário do trem: o próximo passaria dali a uns 50min. sentamos no banquinho (semi quebrado, claro), e esperamos.
finalmente o trem chegou, entramos (eu, com meus pés doendo horrores - meus dedões, pra ser mais específica, porque meu tênis da adidas não foi feito para caminhadas - o bico de couro não cede; enfim). dali a uns 2min chegou um velhinho, que estava sentado na poltrona em frente à nossa, e pediu licença pra passar - mas como as malas dele estavam na minha frente, não consegui dar espaço o suficiente e - me diga, meu povo, o que aconteceu? ele pisou no meu pé. não, melhor: no meu dedão. esquerdo. eu quase morri. quase. mas ele pediu desculpas e realmente foi um acidente, então eu, juntando todas as forças do meu ser, sorri, dizendo: ,,kein Problem". (sem problemas).
por volta de 16h descemos em Erfurt e claro que a gente foi comprar roupa, que, afinal, a gente merecia. já tinha sofrido demais. quê que custa, um pequeno agrado, depois de tudo o que a gente passou? entramos na H&M pra dar uma olhada, comemos, entramos na Zara, voltamos pra H&M, comprei umas coisinhas, entramos numas lojas super bacaninhas, olhamos, olhamos, Vinícius comprou uma camiseta, meu pé (o pisado) já doía tanto que eu não conseguia nem pensar. fomos voltando pra Hauptbahnhof, decidimos entrar numa livraria - que o Vinícius tava procurando um livro, e acabei comprando a versão em alemão do primeiro volume de Gossip Girl; livro que deu origem à série de TV. 6,95-€, mais de 200 páginas; acho que foi um preço bom.
voltamos, finalmente, destruídos para a Hauptbahnhof (no caminho, compramos um Dönner e um Dürung, porque não tínhamos nada para comer em casa), e fomos esperar pelo trem pra Weimar. 20h, estava marcado. não; houve um atraso, ele chegaria às 20h20. ops, outro atraso, ele chegaria às 20h30. de saco cheio, o Vinícius foi pedir informações e foi informado de que, aquele dia, todos os trens para Weimar haviam sido cancelados. a gente teria que pegar um ônibus pra cá. oras, mas a gente teria então que pagar pelo ônibus?? - ficamos nos questionando. afinal, o trem pra Weimar a gente pega de graça com o Thoska, mas a ônibus a gente não tem direito. descemos; quando estávamos a caminho do ônibus, vimos no painel: trem com parada em Weimar, 20h39.
subimos de volta correndo e entramos sem nem olhar no trem da plataforma 2, em que constava "Weimar" no letreiro externo. entramos, as portas logo se fecharam, assim que nos demos conta: esse trem é da ICE. a gente não pode pegá-lo de graça. suamos frio, e ficamos torcendo 1. para não nos pedirem o bilhete, afinal, era só 15min até chegarmos ou 2. para entenderem que foi um acidente e nos perdoarem. foi quando eu li o letreiro interno do trem: ,,heute, kein Halt in Weimar". "hoje, não há parada em Weimar". tudo bem, tudo bem, o trem deve parar em Jena, Gera, sei lá, qualquer cidade ali perto; a gente desce lá e pega outro trem regional de volta pra Weimar. simples assim. foi quando ouvimos a doce voz informando: ,,nächster Halt: Leipzig" - "próxima parada: Leipzig". enlouquecemos. eram 3 horas de viagem de trem bala até chegar em Leipzig. era muito longe. Vinícius levantou e foi procurar alguém para explicar o ocorrido. o cara foi grosso com ele, impaciente, disse que a gente deveria ter percebido, e blablablá, e que chegaríamos em Leipzig às 23h. de lá, teríamos que pegar um trem para Weißenfels e, então, outro para Weimar. Vinícius voltou desesperado e foi me contar o que ele disse. desesperei também, lógico, e fiquei tentando lembrar se eu não conhecia ninguém em Leipzig que pudesse nos socorrer.
o cara passou por nós, olhando os bilhetes e, quando ele estava voltando, fui falar com ele. expliquei novamente o ocorrido, disse que entramos no trem por engano, que a gente era novo aqui, pedi mil desculpas e ele perguntou se eu havia entendido o que deveríamos fazer. disse que não exatamente, e fui com ele para ele me explicar exatamente o que seria. ele parecia mais calmo, felizmente. fui pra lá e ele foi me mostrando no computador os trens que deveríamos pegar, escrevendo num papel pra mim, para eu não esquecer. foi quando o trem parou em um daqueles sinais; estávamos em uma estação. Vinícius chegou correndo e perguntou se eles não poderiam nos deixar descer ali, que poderíamos tentar pegar um trem de lá, que era mais perto. ele disse que não; que não tinha como. voltamos, sentamos em nossos lugares. e o trem ainda parado.
foi quando o cara veio se aproximando. não, nem queria alimentar esperanças, ele não estava vindo falar conosco. mas sim, ele estava! disse que lhe deram permissão para abrir a porta para nós, e foi explicando super rápido que ele não conhecia aquela estação, mas que dali deveríamos mudar de plataforma e que então pegaríamos um trem de volta pra Erfurt, e, então, um ônibus pra Weimar. agradecemos um milhão de vezes e descemos do trem. momento de maior felicidade do mundo!! não iríamos mais para Leipzig!! Deus, que alívio! estávamos quase chorando, fomos correndo para a outra plataforma e olhamos o horário do trem: dali a 30min estaríamos rumando para Erfurt.
qual foi nossa surpresa ao notar o nome da estação em que estávamos. resumia o nosso dia, a nossa experiência maravilhosa daquele dia: Sömmerda. Só merda. claro. sinal dos céus.
ficamos rindo primeiro da nossa merda, depois da nossa grande sorte de o trem ter parado naquele sinal ali. esperamos e finalmente pegamos nosso querido trem para Erfurt. e olha só que máximo: o trem tinha 2 andares!! fomos para o de cima e ficamos apreciando a vista.
descemos em Erfurt, fomos direto para o ponto de ônibus - tava cheio de gente vindo pra cá. felizmente tinha lugar pra todo mundo e pudemos vir sentados. dali a quase 1h chegamos na Hauptbahnhof; em 23 minutos passaria o ônibus 7, que poderia nos deixar na Goetheplatz, centro. entramos no ônibus, chegamos na Goetheplatz, vimos um sinal luminoso suuuuper bonito, que vinha de uma loja. coisa impensável para Weimar, muito arrogante. kkkk. viemos pra casa, tirei meus sapatos, tomei o melhor banho da minha vida, comi, tremendo, 1/3 do meu Dürung e subi pra minha cama, pra começar a ler meu Gossip Girl. isso era por volta de meia noite.
meu corpo doía tanto que, mesmo com todo o cansaço, eu dormia muito mal, e um sono muito leve. 4h da manhã levantei pra pegar uma novalgina e aí dormi melhor.
morais do dia: 1. não fazer brincadeiras maldosas envolvendo mórmons. 2. não confiar mais no computador do que no ser humano. 3. usar sempre protetor solar. 4. caminhos mirabolantes potencialmente não dão certo. 5. não sair de casa só com blusa de frio, e sem água. 6 e mais importante. precisamos da Andra pra tomar conta da gente.
ps: fizemos um documentário em vídeo do nosso dia. quase todo. depois posto no youtube e deixo os links.
liebe Grüße
ps: de acordo com o Google Maps, nessa brincadeira, andamos algo em torno de 9km.
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