quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Paris

Bom. Cá estou, um mês depois da viagem, para contar-lhes como foi. Hm.

Quase (quase) não acordei a tempo, mas consegui pegar o trem junto ao João. Da nossa viagem de trem, vale contar: ao esperarmos pela conexão, sabíamos ter que entrar no vagão 16. E como é sempre um stress entrar em trens grandes, porque dependendo do seu vagão, vc não consegue chegar ao seu assento por dentro do trem (ah, difícil de explicar), estávamos superatentos. Foi quando um trem veio chegando, levantamos correndo, vimos o vagão 16 (!) e fomos correndo atrás dele - "16! É o vagão 16!".. alguns (vários) segundos depois, percebemos que aquele não era o nosso trem, que ele não ia parar na estação, e que todos os outros passageiros nem se moveram com o aproximar do trem. Lerdeza. Mas foi muito engraçado; ridículo.

Chegamos em Paris, mais um ligeiro stress para chegar no nosso hostel em Montmartre, mas no fim deu tudo certo - muito certo, aliás. Nós, que dividiríamos um quarto com outras 4 pessoas, conseguimos ficar em um quarto só pra nós 2, com chuveiro (que geralmente em albergue a gente tem que usar aqueles chuveiros coletivos), e o melhor: pagando menos! Foi tipo, muito bom.

Detalhe que Montmartre é famoso por suas longas escadarias. Deu pra trabalhar a panturrilha. ;)


No primeiro dia, fomos ao Hôtel de Ville encontrar com a Letícia e o Igor. De lá, seguimos para o Pompidou, onde passamos a tarde. Lá, encontramos o Vinícius também. O museu é tipo. Ok. Eu esperava mais, bem mais. De lá, o que fomos fazer? Eu esqueci.. Ah, sim! (tô seguindo as fotos pra me lembrar). Eu tinha combinado de encontrar a Sophie (lembram dela? Minha Mitbewohnerin parisiense?), daí João, Vinícius e eu nos separamos dos meninos pra dar uma volta, comer, e depois encontrar a Sophie embaixo da torre. Daí ficamos comendo ali na parte de fora do Louvre e então fomos andando até a torre - que vou te contar, fica longe viu. Eita.

Encontramos a Sophie e um amigo alemão dela que estuda aqui em Weimar também - esqueci o nome dele, mas acabamos decidindo (João e eu) voltar pro hostel ao invés de sair, que já estava tarde, estávamos cansados e queríamos acordar cedo no dia seguinte, para ir ao Louvre assim que ele abrisse - era o 1o domingo do mês, dia em que os museus são de graça.

Assim fizemos. No dia seguinte, bem cedo, fomos ao Louvre e, pra nossa surpresa, conseguimos entrar bem mais rápido do que imaginávamos. Conselho: quem estiver em Paris numa situação assim, de 1o domingo do mês, vá ao Louvre por volta de 8h30 da manhã (ele abre às 9h); assim dá pra ver as coisas com calma e o museu não fica tão cheio. Quando vai dando a hora do almoço e um pouco mais tarde do que isso, fica insuportável. Gente demais.

Ah, um detalhe, fizemos uma sessão de vídeos muito boa dentro do museu kkk, uma espécie de Super Saldão das Casas Bahia; tá tudo com o João, assim que der, disponibilizo pra vcs. (Vai demorar).

Saímos de lá, fui com o João a Notre Dame. Ah, e lá dentro, a gente assistiu ao começo de uma missa - é interessante, tinha super cantores e tal. Mas não ficamos mais que 15 minutos. Em seguida, passamos - acidentalmente - pelo Quartier Latin, que, por sinal, é suuuuuperlegal. No caminho, nos deparamos com a livraria de Antes do Pôr do Sol (com ou sem acento?) e com um teatro que está encenando a peça La Cantatrice Chauve - o Massin fez como que um roteiro gráfico (sei lá como isso se chama) da peça, sen-sa-cio-nal.

Decidimos então ir ao Moulin Rouge, que é assustadoramente menor do que eu esperava, daí subindo a rua encontramos o café da Amelie Poulain - claro, entramos lá e tomamos um chocolate quente. Não tinha maneira melhor de comemorar nossos 1 ano e 7 meses. :D Enfim, subindo ainda mais a rua, encontramos aquela vendinha de frutas, tal, também do filme da Amelie. Com a intenção de voltar pra casa e muito péssimo senso de direção, chegamos acidentalmente ao Sacré-Coeur. Foi superbacana, estava tendo umas apresentações musicais na escadaria e lá de cima dava pra ver a cidade toda. Apesar do frio e da gripe (tava morrendo de passar mal), foi bem bacana. Mas estava tarde, a igreja estava fechada, então decidimos voltar lá no dia seguinte. E assim foi.

Encontramos a Letícia no Sacré-Coeur por volta da hora do almoço, visitamos a igreja - João subiu para a cúpula mas nem Letícia nem eu animamos. Almoçamos ali por perto, em um restaurante com garçons muito simpáticos - "Brasil?? Obrigado! Obrigado!" e um pianista assassino de teclas, clima muito divertido. Pedi a pior sopa de cebolas do mundo, depois comi algo que não me lembro o que era, mas estava muito bom, e um sorvete. Daí, prosseguimos.





Não me lembro muito bem como aconteceu, mas nos separamos da Letícia (acho que ela estava prestes a ir embora e queria ainda visitar algo que não nos interessava, ou já tínhamos visto), então fomos ao Arco do Triunfo e, depois, demos uma volta na(s?) Champs-Elysées. Daí, quê que a gente fez, mesmo? Hmm. Ah, sim, ficamos sentados num parque durante algum tempo, depois decidimos ir à La Defénse, um lugar super diferente do resto da cidade, muito bacana. Ficamos fazendo uma hora, daí pensamos em ir ao cinema, desistimos, depois entramos numa farmácia e compramos remédio pra mim. Hm, isso merece um comentário. Pus o tal comprimidão na boca até descobrir que ele era efervescente; o gosto era muito forte então tava foda de agüentar sem diluir. Mas eu só tinha minha garrafa d'água e não ia desperdiçar ela toda com o remédio. Aí, eu fui bebendo água de pouco em pouco, mas era engraçado, porque com a água na boca fazia tanta espuma que minhas bochechas iam inflando rápido, muito bizarro. Mas o remédio era superbom.

Por final, já de noite, fomos à torre. Decidimos subir, último andar. Supercaro mas poxa, é Paris né. E é a Torre Eiffel. Subimos, AFF. Foi muito irritante. Um milhão de filas até chegar lá em cima, um milhão de pessoas lá em cima e dez milhões de filas para sair lá de cima. Muito irritante. Tipo, é bem bonito lá de cima, mas a dificuldade de se locomover é tanta que não vale a pena. Mas valeu a tentativa.

Dia seguinte, resolvemos ir à Cité des Sciénces et de l'Industrie. Foi tipo, ultra caro, mas valeu cada centavo. Absolutamente interessante. Primeiro, fomos num planetário digital que explicava a corrida espacial, depois entramos numa exposição tão foda que deixava pedras - sim, pedras - interessantes. Até pude encostar num meteorito enorme! Gente, ele vem de fora da Terra!! kkkk. Enfim. Daí entramos num cinema 3D que falava sobre gigantes marinhos pré-históricos. Meio vertiginoso, mas bacana. Depois vimos mais um filme ridículo em 3D - Maxi.. Macro.. como era? Ativar? Me ajuda aí, João. Daí ficamos horas nas exposições permanentes; passamos por todas. Tem muita, muita coisa interessante lá.

Daí, fomos comer rapidinho pra dar tempo do João pegar o trem dele. Aí, começou o stress. Não tô afim de ficar lembrando de coisa ruim, então resumo: corremos horrores, mas conseguimos chegar a tempo de pegar o trem. Mas foi horrível. Enfim.

Conheci um dos caras mais carismáticos que já me deparei em minha vida, um irlandês que não me lembro mais o nome. Isso, porque ele tava no meu quarto no hostel (como o João foi embora, passei minha última noite num quarto com mais 5 pessoas). No dia seguinte, peguei minhas coisas e fui pra casa do amigo da Elisa, onde ela e Vinícius estavam. Por uma coincidência cabulosa, o colega de quarto do amigo da Elisa, Xan (não sei escrever; Alexandre) foi colega da Carol (daqui de Weimar) no CEFET lá em BH! Mundo pequeno. Assustadoramente. Almoçamos um macarrão delicioso e fui com o Vinícius ver a torre de dia. Por pouco não nos atrasamos muito, mas conseguimos chegar no aeroporto a tempo de pegar o avião para Marseille. E que avião. Nunca vi uma aterrissagem mais brusca na minha vida.

Mas daí pra frente eu conto num outro dia. :)

Beijos em todos, liebe Grüße.
Und gute Nacht.

6 comentários:

Regina Fátima disse...

Adorei a narrativa. Tomara que "num outro dia" seja logo. Ou eu morro de curiosidade.

Unknown disse...

Adoro ler o blog!!Beijos Isabela prima

Anônimo disse...

que charme o joão com camisa do belle et sebastian em paris

João Vitor Leal disse...

respondendo alan: foi friamente calculado, meu caro!

João Vitor Leal disse...

cade, ainda não contou o resto!

Letícia disse...

A verdade é que vcs tiram AS MELHORES fotos! E tb tou esperando o resto.