domingo, 25 de maio de 2008

Sömmerda

usem sua imaginação para descobrir o significado do título.

uh. então.
combinamos com a Andra de irmos a Erfurt sábado, para - finalmente - fazer compras na IKEA. deveríamos nos encontrar na Hauptbahnhof às 11h30, para pegarmos o trem de 11h40 ou, no mais tardar, de 11h52. mas o ônibus pra lá só passava aqui perto de casa às 11h39, então chegamos (Vinícius e eu) lá 11h52, em ponto, e fomos literalmente correndo pra plataforma 2 - quando chegamos, nada mais de trem. e nada mais de Andra.

olha a IKEA ali atrásfomos comer e esperar pelo próximo trem, o de 12h40. entramos no trem e tivemos a brilhante idéia de descer uma estação antes - afinal, a gente já estava vendo a IKEA, e, quem sabe, dali a gente não conseguiria andar até lá, sem ter que ir pra Hauptbahnhof de Erfurt e pagar mais de 8-€ (gente, isso dá mais de 20 reais) em metrôs e ônibuses e coisas assim. quê que ia custar a gente fazer uma tentativa? afinal, a gente já estava enxergando a IKEA; não podia ser tão longe assim. descemos, então, em Vieselbach e fomos andando na direção da loja.

o único problema é que tinha um mato nos separando de lá, então tivemos que dar uma volta enorme, passando por um Dorf (vilarejo) e depois por um caminho entre o mato (não no mato, era um caminho de pedras até bem largo, entre o mato). chegamos!!!!!!!!!

gente, que felicidade!! conseguimos descobrir o caminho mais curto, mais barato e definitivamente mais esperto até a IKEA!! só tinha um problema: por onde entrar? só conseguíamos ver o pessoal autorizado, que estava indo embora, um portão trancado e um medo: sim, estava escrito IKEA gigante no prédio. mas embaixo de IKEA, estava escrito distribution, em letras menores.

não, claro que ali não era só pra isso. claro que a loja estaria do outro lado do prédio. a gente só tinha que descobrir como chegar lá. claro.

fomos falar com a moça que estava ali na entrada, e dissemos que estávamos perdidos, que a gente queria fazer compras na IKEA. ela começou a rir e disse que a gente realmente estava perdido; que a gente tinha que ir até Erfurt (que ali perto poderíamos pegar um ônibus para Erfurt) e, de lá pegar outro ônibus ou o metrô até a loja.

saímos morrendo de rir, totalmente frustrados, na direção: Erfurt.

a frustração humananisso, já não tínhamos mais água, que o racionamento acabou assim que vimos que "havíamos chegado" na IKEA. por sorte, encontramos um posto de gasolina, e entramos na loja de conveniência para 1. comprar água, 2. pedir informações sobre onde pegar o ônibus e 3. com sorte, descolar uma caroninha maneira. com um caminhoneiro (fantasiamos), daria uma história para contar na nossa vida toda. entramos na loja, compramos a água e descobrimos: no sábado não passa ônibus por ali. teríamos que andar até lá. descobrimos também que era mais perto a gente voltar o caminho todo até Vieselbach do que chegar até Erfurt. exaustos, mortos de calor, desanimados, frustrados, ficamos sentados no chão, no posto, na vã esperança de que alguém viesse perguntar o que fazíamos ali tão desamparados e nos oferecesse uma cordial carona até nosso destino final.

que nada, os alemães não se socializam.

mas o moço da loja nos disse que era 30min de caminhada até o Bahnhof de Vieselbach, o que estranhamos bastante, porque com certeza andamos mais tempo do que isso para chegar lá. assim sendo, fui convencida pelo Vinícius de que deveríamos tentar um caminho diferente, do lado da estrada, para ver se chegaríamos mais rápido. eu estava meio hesitante - sei lá né, andar na beira da estrada me parece deveras perigoso. mas aí vimos duas velhinhas chegando de lá e concluímos que, se elas não morrem ali, a gente também não. qualquer coisa era só eu me jogar no mato do lado, coberto de flores amarelas e algumas margaridas - pensei, mas não ousei contar ao Vinícius na ocasião. drama demais? nunca se sabe né.

fomos andando, e na maior parte do caminho havia sim um passeio para nós, ao lado da estrada, super tranqüilo - só quando quase estávamos chegando na Bahnhof tivemos que andar um tiquinho na estrada mesmo. mas é fato que não passou um único carro durante o trajeto todo. muito tranqüilo.

chegamos à Bahnhof, lugar de poucos amigos, total decadente. olhamos o horário do trem: o próximo passaria dali a uns 50min. sentamos no banquinho (semi quebrado, claro), e esperamos.

finalmente o trem chegou, entramos (eu, com meus pés doendo horrores - meus dedões, pra ser mais específica, porque meu tênis da adidas não foi feito para caminhadas - o bico de couro não cede; enfim). dali a uns 2min chegou um velhinho, que estava sentado na poltrona em frente à nossa, e pediu licença pra passar - mas como as malas dele estavam na minha frente, não consegui dar espaço o suficiente e - me diga, meu povo, o que aconteceu? ele pisou no meu pé. não, melhor: no meu dedão. esquerdo. eu quase morri. quase. mas ele pediu desculpas e realmente foi um acidente, então eu, juntando todas as forças do meu ser, sorri, dizendo: ,,kein Problem". (sem problemas).

por volta de 16h descemos em Erfurt e claro que a gente foi comprar roupa, que, afinal, a gente merecia. já tinha sofrido demais. quê que custa, um pequeno agrado, depois de tudo o que a gente passou? entramos na H&M pra dar uma olhada, comemos, entramos na Zara, voltamos pra H&M, comprei umas coisinhas, entramos numas lojas super bacaninhas, olhamos, olhamos, Vinícius comprou uma camiseta, meu pé (o pisado) já doía tanto que eu não conseguia nem pensar. fomos voltando pra Hauptbahnhof, decidimos entrar numa livraria - que o Vinícius tava procurando um livro, e acabei comprando a versão em alemão do primeiro volume de Gossip Girl; livro que deu origem à série de TV. 6,95-€, mais de 200 páginas; acho que foi um preço bom.

voltamos, finalmente, destruídos para a Hauptbahnhof (no caminho, compramos um Dönner e um Dürung, porque não tínhamos nada para comer em casa), e fomos esperar pelo trem pra Weimar. 20h, estava marcado. não; houve um atraso, ele chegaria às 20h20. ops, outro atraso, ele chegaria às 20h30. de saco cheio, o Vinícius foi pedir informações e foi informado de que, aquele dia, todos os trens para Weimar haviam sido cancelados. a gente teria que pegar um ônibus pra cá. oras, mas a gente teria então que pagar pelo ônibus?? - ficamos nos questionando. afinal, o trem pra Weimar a gente pega de graça com o Thoska, mas a ônibus a gente não tem direito. descemos; quando estávamos a caminho do ônibus, vimos no painel: trem com parada em Weimar, 20h39.

subimos de volta correndo e entramos sem nem olhar no trem da plataforma 2, em que constava "Weimar" no letreiro externo. entramos, as portas logo se fecharam, assim que nos demos conta: esse trem é da ICE. a gente não pode pegá-lo de graça. suamos frio, e ficamos torcendo 1. para não nos pedirem o bilhete, afinal, era só 15min até chegarmos ou 2. para entenderem que foi um acidente e nos perdoarem. foi quando eu li o letreiro interno do trem: ,,heute, kein Halt in Weimar". "hoje, não há parada em Weimar". tudo bem, tudo bem, o trem deve parar em Jena, Gera, sei lá, qualquer cidade ali perto; a gente desce lá e pega outro trem regional de volta pra Weimar. simples assim. foi quando ouvimos a doce voz informando: ,,nächster Halt: Leipzig" - "próxima parada: Leipzig". enlouquecemos. eram 3 horas de viagem de trem bala até chegar em Leipzig. era muito longe. Vinícius levantou e foi procurar alguém para explicar o ocorrido. o cara foi grosso com ele, impaciente, disse que a gente deveria ter percebido, e blablablá, e que chegaríamos em Leipzig às 23h. de lá, teríamos que pegar um trem para Weißenfels e, então, outro para Weimar. Vinícius voltou desesperado e foi me contar o que ele disse. desesperei também, lógico, e fiquei tentando lembrar se eu não conhecia ninguém em Leipzig que pudesse nos socorrer.

o cara passou por nós, olhando os bilhetes e, quando ele estava voltando, fui falar com ele. expliquei novamente o ocorrido, disse que entramos no trem por engano, que a gente era novo aqui, pedi mil desculpas e ele perguntou se eu havia entendido o que deveríamos fazer. disse que não exatamente, e fui com ele para ele me explicar exatamente o que seria. ele parecia mais calmo, felizmente. fui pra lá e ele foi me mostrando no computador os trens que deveríamos pegar, escrevendo num papel pra mim, para eu não esquecer. foi quando o trem parou em um daqueles sinais; estávamos em uma estação. Vinícius chegou correndo e perguntou se eles não poderiam nos deixar descer ali, que poderíamos tentar pegar um trem de lá, que era mais perto. ele disse que não; que não tinha como. voltamos, sentamos em nossos lugares. e o trem ainda parado.

foi quando o cara veio se aproximando. não, nem queria alimentar esperanças, ele não estava vindo falar conosco. mas sim, ele estava! disse que lhe deram permissão para abrir a porta para nós, e foi explicando super rápido que ele não conhecia aquela estação, mas que dali deveríamos mudar de plataforma e que então pegaríamos um trem de volta pra Erfurt, e, então, um ônibus pra Weimar. agradecemos um milhão de vezes e descemos do trem. momento de maior felicidade do mundo!! não iríamos mais para Leipzig!! Deus, que alívio! estávamos quase chorando, fomos correndo para a outra plataforma e olhamos o horário do trem: dali a 30min estaríamos rumando para Erfurt.

qual foi nossa surpresa ao notar o nome da estação em que estávamos. resumia o nosso dia, a nossa experiência maravilhosa daquele dia: Sömmerda. Só merda. claro. sinal dos céus.

ficamos rindo primeiro da nossa merda, depois da nossa grande sorte de o trem ter parado naquele sinal ali. esperamos e finalmente pegamos nosso querido trem para Erfurt. e olha só que máximo: o trem tinha 2 andares!! fomos para o de cima e ficamos apreciando a vista.

descemos em Erfurt, fomos direto para o ponto de ônibus - tava cheio de gente vindo pra cá. felizmente tinha lugar pra todo mundo e pudemos vir sentados. dali a quase 1h chegamos na Hauptbahnhof; em 23 minutos passaria o ônibus 7, que poderia nos deixar na Goetheplatz, centro. entramos no ônibus, chegamos na Goetheplatz, vimos um sinal luminoso suuuuper bonito, que vinha de uma loja. coisa impensável para Weimar, muito arrogante. kkkk. viemos pra casa, tirei meus sapatos, tomei o melhor banho da minha vida, comi, tremendo, 1/3 do meu Dürung e subi pra minha cama, pra começar a ler meu Gossip Girl. isso era por volta de meia noite.

meu corpo doía tanto que, mesmo com todo o cansaço, eu dormia muito mal, e um sono muito leve. 4h da manhã levantei pra pegar uma novalgina e aí dormi melhor.

morais do dia: 1. não fazer brincadeiras maldosas envolvendo mórmons. 2. não confiar mais no computador do que no ser humano. 3. usar sempre protetor solar. 4. caminhos mirabolantes potencialmente não dão certo. 5. não sair de casa só com blusa de frio, e sem água. 6 e mais importante. precisamos da Andra pra tomar conta da gente.

ps: fizemos um documentário em vídeo do nosso dia. quase todo. depois posto no youtube e deixo os links.

liebe Grüße

ps: de acordo com o Google Maps, nessa brincadeira, andamos algo em torno de 9km.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

endlich, Frühling!

finalmente, primavera!

nessa segunda-feira, feriado de Pfingster (nao sei a traducao) fizemos um programa superalemao: fomos tomar sol no parque (no caso, o Park an der Ilm).

calorzao de 20 graus, sol queimando, deitamos na grama (Vinicius, Thessi, Martin e eu, inicialmente, e depois 2 espanhois, que esqueci o nome agora - isso sem contar com a Alba, cachorro da Thessi - ela e' muito fofa, weimariana - raca originaria daqui da cidade mesmo. um dos cachorros mais doceis que ja vi).

so' de lembrar do sol me da um frio; saudade do calorzinho. :) (agora ta fazendo 11 graus).

foi otimo; ficamos sem fazer nada. nada, nada.

mas eu tenho que enrolar, senao nao posso postar todas as 3 fotos que quero postar aqui.

entao vou dando paragrafos de 2 enteres e falando sobre nao ter o que falar, tentando ocupar espaco.

isso porque a verborragia do post ante-anterior esgotou minha capacidade (arghhh qual e' a palavra? Vinicius ta na luta aqui comigo, pra lembrar da palavra, mas ta osso). pra ver que acabou com meu vocabulario tambem. enfim, tenho que ser prolixa, mas ate isso ta dificil.

felizmente nao queimei - pra isso tive que correr pra sombra, depois de um tempo, e diz o Vinicius que rolou ate uma mini marquinha de sol nas minhas costas! gentE, vim bronzear na Alemanha! kkkkkk

a Livia falou que eu faco aqui tudo o que nao faco no Brasil; vejamos: vou a festas (eventualmente, mas vou), experimento alcool (mas continua sem dar certo kkkk), cozinho, e mais: limpo cozinha, banheiro, janela, tiro teia de aranha, aspiro meu quarto, lavo roupas, cumprimento as pessoas com um aperto de mao, como peixe (pasmem!), e ainda por cima me bronzeio! te contar; virei outra pessoa. aham. kkkkk

ja enrolei o suficiente!

beijos em todos e liebe Grüße!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

oh my dog,

que post gigante.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Party am Strand! oder?

Festa na praia! será?

vinicius, fred, euentão
na noite da Seifenkisten-rennen fizeram uma festa na Erfurterstraße 37.
fui pra lá com o Vinícius e o Fred (Frederick) - brasileiro, paulista, que mora aqui tb, mas ele é freemover e estuda arquitetura. chegamos lá umas 3h30 da manhã, ou quase 4h e não tinha mais que pagar Eintritt! (entrada)

tinha alguns ambientes diferentes, mas ficamos a maior parte do tempo num suuuper praia. tinha areia no chão e sombrinhas no teto, e espalhadas pela sala. tinha uns lugares tb, ao redor dessa sala, que tinham uma televisão ligada sem sinal e uma sombrinha do lado, achei mó divertido!

foi engraçado tb, dançar na areia, e não foi engraçado voltar pra casa com uma praia em cada pé. :) e dá-lhe bicho geográfico! kkkkk eca!

lá nós encontramos primeiro o Osmar, depois a Kathi e o namorado dela, daí quando o Fred e eu já pensávamos em ir embora, ele encontrou o Rafael, amigo dele, a quem me apresentou. ele vai ao Brasil pelo mesmo intercâmbio que eu vim pra cá; deve chegar aí por volta de Agosto, e fica um ano também. achei ele bem simpático e fiquei conversando um tempão com ele - sem contar que ele não se comporta como um alemão típico - ao invés de cumprimentar com um aperto de mão, abraçava todo mundo que ele conhecia. com um nome desses, tinha que ser um alemão bem brasileiro mesmo. :p kkk
daí ele me contou que tinha ficado lá ajudando a organizar a festa, e que a areia tinha sido idéia de última hora - que ela estava lá, por causa da fogueira do dia anterior. achei que a idéia da areia garantiu o charme da festa. uiui, charme. kkkk

freddaí ele perguntou se a gente não queria ficar um pouco em um outro ambiente, e fomos pra lá com ele. tava bemmmm vazio, mas tava melhor pra conversar (que o outro tava ultra barulhento e difícil de ouvir) - apesar de que esse tava barulhento também. foi aí que eu vi o perigo se aproximando: tã-dã-dã-dã! Kathlyn (é assim que escreve?), uma americana que dá em cima de todos os homens (solteiros, casados, com filhos, bêbados, trêbados, sóbrios, velhos, novos, enfim). vamos parar um momento para pensar na expressão. "dar em cima". ela literalmente dá em cima, que ela fica em cima da pessoa o tempo inteiro, não larga - super pegajosa, fica passando as mãos no braço da presa (kkk), mexe nos cabelos, fica se aproximando excessivamente, passa seus braços em volta do ombro da vítima, enfim. dá em cima. e foi só ela nos ver, que não teve outra: veio imediatamente.

claro, que ela resolveu dar em cima do Rafa. aproveitou que conhecia o Vinícius e puxou conversa com ele durante 15 segundos (se muito!) e já partiu para o ataque. kkkkk. enquanto isso, ficamos comentando em português o quanto ela é... bem, dêem a palavra que quiserem. daí o Rafa virou e me disse "vou pegar uma bebida pra mim" e saiu dali rapidinho até o bar. nossa querida foi atrás. ficamos rindo da situação e observando os 2 no bar. Rafa voltou, com uma risadinha nervosa e me disse "eu volto logo" e saiu do ambiente em que estavam. foi aí que meus olhos gravaram uma das cenas mais.. Deus, faltam adjetivos! ...mais peculiares que já vi. a menina saiu correndo - correndo, literalmente; não foi andando rápido; ela correu atrás dele. ficamos embasbacados com a falta de amor próprio da estadunidense.

alguns minutos depois, o Rafa volta. assim que ele chegou, comentamos com ele da menina e ele desabafou que não tava agüentando ela mais! kkkk que ela não parava de passar a mão nele, que ele não gostava disso, que na Alemanha não se fazia isso - daí o informamos que em lugar nenhum do mundo isso era aceitável. kkkk ficamos rindo um pouco, e não tardou até a miss self-esteem voltar. aproveitando que ela não entende alemão; só inglês (não sei o que esse povo vem fazer aqui; estudar em uma universidade alemã sem ter a menor noção da língua. eles devem aprender muito. aham.), sugeri que ficássemos conversando, pra que ela não pudesse alugá-lo mais. daí, começamos a conversar de novo sobre tudo o que já tínhamos conversado. e ela parada do nosso lado, nos encarando. daí ela perguntava, em ingles, algo do tipo "oi tudo bom?" e eu respondia, em alemao "tudo." (deu pau aqui e meus acentos sumiram; continuarei o post sem eles entao). e virava pro Rafa dizendo "ach so," e continuava falando qualquer coisa. teve uma hora que a gente tava tao sem nada pra dizer, que comecamos a juntar palavras em alemao em frases que nao faziam o menor sentido, fazendo gestos e coisas assim, tava muito engracado! e a menina nem se tocava que a gente nao tava falando coisa com coisa.

eu, rafa, vinicius, frede como a musica tava alta, nao tinha como nos 3 conversarmos ao mesmo tempo, uma vez que pra pessoa nos ouvir, a gente tinha que falar bem de perto. e mais, sem falar alemao, era impossivel de ela participar da conversa. a gente cortava qualquer tentativa de ingles, respondendo em alemao. kkkkk foi muito bom, gastei minha grosseria toda estocada na minha vida, nesse dia. e assim a coisa foi indo, ate que uma hora, ela me perguntou, impaciente "will you stay here?" (tipo, vc vai ficar aqui empatando a minha vida?) e eu respondi "ja, ich bleibe hier." (sim, vou permanecer aqui.) ai ela resolveu ignorar minha presenca ali e comecou a passar a mao no Rafa de novo kkkk, ate que ela meio que levantou a blusa dele, pegando na cintura dele (!!!!!!!) kkkkkkkk; ele superdeu um pulo pra tras e falou "sorry." ai ela fechou a cara, deu meia volta e saiu. kkkk ficamos rindo um tempao, junto do Vinicius e do Fred e ficamos nos 4 conversando mais um pouco. mas ai ja tava muito tarde (era umas 5h30) e a gente resolveu ir embora.

foto do lado de fora - tirada pelo freddespedimos do Rafa e fomos saindo, quando vimos a Rainha do Charme voltar. dai falei com o Rafa "sai daqui, a menina voltou" e ele ficou rindo, achando que eu tava brincando, que logico que ela nao voltaria a dar em cima dele depois do fora; que ninguem no mundo faria isso. mas ai falei com ele que era serio, que ela tinha voltado, e fui empurrando ele pra fora, junto do Fred. dai, o Fred saiu primeiro, depois o Rafa, depois eu e no final o Vinicius. e nao e' que a menina, que tava do outro lado da pixxxxta, veio correndo e agarrou o Vinicius pelo capuz, para ter certeza de que nao fugiriamos dela? kkkkkkkkkkkkkkkkkkk pra mim foi o auge. o Rafa deu outros 73 foras nela e ela resolveu ir pra casa. kkkkk dai ficamos mais um tempo la fora comentando dela e de como gosto e' que nem bunda, que cada um tem a sua, e comecamos a viajar em coisas tipo a bunda de Berlin e' assim, e a de Hannover e' assado - foi muito engracado; coisa de gente morta de sono.

finalmente despedimos de verdade, e voltamos pra casa. ficamos ainda um tempao parados na frente do predio do Fred, conversando - saimos de la umas 6h30, quase 7h..

foi uma noite divertida. :)

domingo, 4 de maio de 2008

Seifenkistenrennen

"corrida de caixas de sabão"

a 13a Weimarer Seifenkistenrennen aconteceu este dia 1o de maio, durante o Walpurgistag (dia seguinte à Walpurgisnacht, também conhecido como "dia do homem" - os homens se reúnem logo pela manhã e saem em bandos caminhando pela cidade, carregando carrinhos com bebida, com o intuito de se embebedarem e voltarem pra casa absolutamente tontos. tradicionalmente, mulheres não podem acompanhá-los, já que o dia é deles).

a corrida é organizada por alunos da Bauhaus-Universität e nela alunos, moradores de Weimar, jovens, velhos, ou quaisquer interessados e criativos montam seus próprios carros e os levam para ser avaliados durante uma descida, próximo ao Schloß Belvedere (castelo Belvedere). os carros são avaliados em vários quesitos, tais quais velocidade, freios, criatividade, entre outros.

o evento é interessantíssimo; as pessoas realmente comparecem e torcem, riem, se divertem. famílias vão com crianças, alunos, professores, curiosos - chega a ser difícil de encontrar um lugar vago pra conseguirmos ver a pista. achei muito interessante, que em um dado momento começou a chover, e mesmo assim as pessoas permaneceram lá, assistindo. é sem dúvida imperdível.

fizemos alguns videos, mas vamos ainda juntar todos e fazer uma sequência; por hora deixo um videozinho pra vocês terem uma idéia do que é a Seifenkistenrennen.



beijos novamente, liebe Grüße!

Walpurgisnacht

ou Hexennacht (noite das bruxas)

é na noite entre os dias 30 de abril e 1o de maio que as bruxas se reúnem em torno da montanha Brocken, ponto mais alto da Blocksberg, dançando em volta de uma fogueira, enquanto esperam a chegada da primavera.


os alemães acendem uma fogueira com a intenção de afastar os espíritos ruins e as dores do inverno, dando boas-vindas à primavera.


as bruxas ficam soltas!



fizemos um videozinho, mas ficou muito escuro no youtube. :/ aqui em casa dá pra ver direitinho.. vou ver se o Vinícius sabe resolver isso... de qualquer forma, lá vai:



beijos, liebe Grüße!